Hoje, sem vento, sem areia, sem sol, sem nuvem, é natal e natal no deserto sempre tem festa no Zima! E não se esqueçam: depois que elas passaram pelo deserto vermelho, até as flores dos cactos nasceram. E para quem não entende nada de cactos, as flores só nascem uma vez por ano, e normalmente só a noite. E só existe um motivo para isso: as quatro mulheres se encontraram. Agora elas são as companheiras de crime. Unidas pela mesma paixão: o tiro! Deixam o mesmo rastro no local do crime: a letra Z! Ainda não sei se recomendo a vocês um cuidado, ou se apenas digo seja bem-vindo a este blog. Vale lembrar que nem todo ferido gosta ou procura se identificar. Mas sempre existe algo que diz que elas passaram por alí.... e naquela noite o deserto floresceu....
jueves, 24 de diciembre de 2009
1 ano!
Hoje, sem vento, sem areia, sem sol, sem nuvem, é natal e natal no deserto sempre tem festa no Zima! E não se esqueçam: depois que elas passaram pelo deserto vermelho, até as flores dos cactos nasceram. E para quem não entende nada de cactos, as flores só nascem uma vez por ano, e normalmente só a noite. E só existe um motivo para isso: as quatro mulheres se encontraram. Agora elas são as companheiras de crime. Unidas pela mesma paixão: o tiro! Deixam o mesmo rastro no local do crime: a letra Z! Ainda não sei se recomendo a vocês um cuidado, ou se apenas digo seja bem-vindo a este blog. Vale lembrar que nem todo ferido gosta ou procura se identificar. Mas sempre existe algo que diz que elas passaram por alí.... e naquela noite o deserto floresceu....
domingo, 6 de diciembre de 2009
corazon
martes, 1 de diciembre de 2009
O dia da verdade
viernes, 27 de noviembre de 2009
lejas lutchas
muito tempo desde a última. estoy lejos lejos lejos - mas com vcs.
carrego em minha bagagen frutos proibidos, dois quilos de cuecas sujas e seus ensinamentos.
os clássicos, de zarcas, sao meu horizonte. os objetivos, factuais, poesia = pao nosso de cada dia, de Zari.
festa? facam uma agora e outra quando eu voltar! - Estao machucada? estavas!
escrevo este post sem correcao, sem preparacao, sem roteiro, e (maus) sem ter lido o post de zarcas. escrevo por saudades e todo o resto que conhecem.
trarei na bagagem poesia. sei que queriam vinhos, queijos e xurumelas, mas com minha cara de terrorista náo é bom dar bandeira! levo só as bananas, mesmo.
leitores, saudades, escrevo assim que a poeira subir atè tal altura que náo se distingam vinhos caros de baratos!
(- abraco pro marceleza, meu irmao!)
- "A vida é um sonho", dali, daqui da espana.
lunes, 23 de noviembre de 2009
Viva Los Pistoleros
Ali ela esta e ali ela tem dentro dela a certeza que estará por muitos anos. O deserto não tem preconceitos, o deserto só tem preconceitos daqueles que os tem. Um Pistolero não precisa ver ou lutar ao lado de seus companheiros o tempo todo, mas eles estão la......espalhados por todos os cantos, e quando menos se espera....mais um aparece. Não existem regras para ser um Pistolero, mesmo porque, Pistoleros nao tem regras.... Nossa única lei eh a busca da felicidade e esta pode e deve ser encontrada em qualquer Pueblo, de qualquer nacionalidade, de qualquer nível social...
El Justicero, Zariana, Zargos, Zovo, Zoroastra, Zali e todos os Zs da minha historia......Continuem a sua luta, eh só caindo que agente tem a chance de levantar, e só levando balas de raspão que nossos coracoes se fortalecem para a próxima batalha e eh nunca se acomodando que continuaremos vivos, porque quem se acomoda.....morre!
2010 esta chegando e que seja tão bom quanto foi este ano no deserto......O tempo não para!!! Muito menos agente.
Carta para el Justiciero
viernes, 13 de noviembre de 2009
revanche del tango
miércoles, 11 de noviembre de 2009
LA VUELTA DE ZARIANA, HERIDA PERO NO MUERTA!
No breu, sem luz no fim do túnel, voltei a pé para el pueblo. Voltei chorando, sussurrando e engasgando. Recusei o pacote de bono. A cada cacto, nenhuma flor. O escuro, o medo, o fim. Foi triste, ô se foi. Lição: jamais pedir para qualquer um atirar no coração de uma pistolera. Antes de entrar sozinha no pueblo, eu precisava enterrar com as minhas próprias mãos aquele corpo ensangüentado que vinha arrastando estrada abaixo. ZZ está morto. Estaqueado pela minha ansiedade e pela sede da dor. Sem caixão, sem número, cavoco um buraco qualquer e coloco o corpo. Terra, flores, água.
Pela rua principal, todos me olham. Eu voltei. Triste, mas com sede de matar, herida pero no muerta! Quase no ponto de saborear com a própria língua os sangues das próximas vítimas.
black out no deserto !!!!
E lá está Zezão ao redor dos maiores jogadores em bar em uma mesa de pocker. As apostas começam e os blefes se espalham pelos ares...
...derepente um apagão!!!
E pelo o que se parece não é naquele pueblo, e sim no México inteiro, nenhum tipo de comunicação com as outras pistoleirasconseguem ser concluidas durante a noite.
Altas horas da madrugada chega um forateiro e nos comunica que o estamos sem previsão de volta da luz, ...... BLACK OUT NO DESERTO!!!!
Zezão pensa......"será que são elas que estão á dar um novo golpe, numa linda noite quente do deserto". Pois ninguem tem explicação do qur pode ter causado tudo isso.
.... só poderia ser elas......
E no pueblo Fanucci, foi um dos ultimos lugares a voltar a luz, e quando todos se dão conta Zezão ja tinha desaparecido no deserto com mais uma vítima, Iluminando o Black out do Deserto !!!
viernes, 6 de noviembre de 2009
lunes, 2 de noviembre de 2009
Muerta
lunes, 19 de octubre de 2009
sábado, 17 de octubre de 2009
Promessa dada eh cumprida fielmente!
Tudo indicou que fosse uma tarde tranquila e cotidiana, mesmo que isso fosse inedito na vida de uma pistolera...
E como tal, cheia de mas intencoes, porem ressabiada pela desconfianca que tinha dos arredores, guardei todos os meus planos soh para mim! Mas muito bem ja elaborados...
Conversas vieram e foram, sem nada dizerem ao certo, mas muito pra mim significavam!
Nada como um belo shot de tequila pra incentivar ainda mais minhas vontades irrecusaveis e irrelutaveis! Ou as vezes ateh dois ou tres...
Passo a passo, caminhei em direcao ao golpe que pretendia dar. Nada como muita calma ter nessa hora.
A melhor arma foi demonstrar nenhuma ansiedade qualquer pelo novo. Somente a adaptacao ao inesperado.
Porque quando um inimigo te ve sem demonstracao alguma de medo ou sentimento de encurralado, nao se fecha ao final que voce pretende dar a ele!
E assim foi sendo e se foi... Terras inabitadas por pistoleras, mas muito apetitosas por vitimas desejadas enterradas a sete palmos, ali estavam! Diante de meus olhos! E jamais por mim negaveis!
Ateh que o momento ideal chegou: quando ninguem dos inimigos demais dakele lugar se concentravam em algo tao ao lado deles, uma unica sacada de minha pistola muita mais do que bem previamente engatilhada deu um tiro certeiro e... ZRA! ZRA ZRA ZRA!
Ali se foi um inesperado inimigo, e, ateh para uma pistolera, desesperador mesmo e ameacador de vida, porem enfrentaval facilmente, se deu com a cara de ar prazeroso na areia!
Nada como uma wet sand para lhe amortecer a queda!
Uma otima despedida desse povo distante que tenta cismar que suas raizes sao com as nossas!
Quem sabe seja no outro mundo que nos encontremos...?
jueves, 15 de octubre de 2009
Los tres- Parte II
Zarcas em um desses Pueblos por onde passara foi envenenada pela droga que para ela era a droga dos fracos..... a droga da Zaixao..... Mas para ela nada acontecia normalmente e o veneno teve seu efeito duplicado. Ela estava realmente em perigo....duplamente em perigo. Sua razao havia desaparecido momentaniamente, seu corpo estava completamente dominado..... A falta de ar nao a deixava pensar, ela foi enfraquecendo enfraquecendo. Ela eh teimosa e nao quer admitir que o unico jeito de voltar a respirar eh parar de lutar contra o inevitavel e se entregar....O antidoto nao existe......
O distante promete e cumpre!!!
Pode ter certeza que o vento bate mto mais forte e arrepiante aki... ou prefiro eu defini-lo como mais prazeroso e mto mais preciso!!!
HAHAHA
PODEM APOSTAR!
É SÓ PERGUNTAR OLHANDO NOS OLHOS DELAS.
PERGUNTE A ZARCAS O QUE ELA ANDA FAZENDO!
PERGUNTE A ZARI POR ONDE ELA ANDA!
PERGUNTE A ZEZÃO EM QUEM ELA ESTÁ ATIRANDO!
PERGUNTE A ZALI O QUE ELA ESTÁ FAZENDO EM TERRAS DISTANTES.
PERGUNTE A ZOROASTRA O QUE ELA ANDA DIZENDO POR AI.
E VOCÊ EL JUSTICIERO, ESTÁ VIVO OU ESTÁ MORTO?
viernes, 2 de octubre de 2009
domingo, 27 de septiembre de 2009
o retorno
sábado, 26 de septiembre de 2009
Seria El Justicero capaz de impedir que o vacuo tomasse conta?
Ela poderia ter encontrado ...... e algumas vezes ate mesmo chegou a tocar com as maos mas nao as fechou para impedir que voasse. Ela poderia ter encontrado, porque nunca desistiu de procurar. Ela poderia ter encontrado, mas por algumas horas seu coracao parou..... e de experiencias entre a vida e a morte as pessoas nunca voltam as mesmas.
Ningem podia matar aquela mulher tao determinada a abrir aquelas portas, mas atras de uma delas o inevitavel estava por vir.... Ela a encarou e de uma maneira nada sutil, jogou a chave fora e derrubou a porta com um chute que ate o Gorducho mais famoso do deserto ficaria impressionado.... A porta caiu e o vento que ali estava preso durante anos soprou com uma forca destruidora. Nao, nao adiantava voltar, nao, nao adiantava tentar se segurar, e sim ,naquele momento ela sabia que nao iria mais encontrar.......
viernes, 25 de septiembre de 2009
Um dia de (e) (se de) Bikini - Final
- Sim, conclui El Justiciero.
Como sempre – (vocês hão de perdoar: mas justiciero nunca perdeu o fio da meda) – El Justiciero previu o abacaxi. Um leve sorriso discreto ainda velado pela zuave e calma cara-de-mal que Zrá ÀRKAS expunha que algo inédito - mesmo que acompanhado da morte de uma de suas figuras materno-radicais mais violentas - iria ocorrer. Raciocinou onde estava sua arma e preparou um improviso certeiro - que não poderia falhar.
Sabia que, se, naquele instante, Zrá ÀRKAS desse algum sinal, milímetros de segundos definiriam a cena > e sabia que havia um real risco de ser > realmente >> finalmente >>> a cena final. Sem olhar, sabia que, mesmo Zrari à distância, estava atenta. Mas sabia também que ela sozinha não resolveria o impasse. Não porque fosse incapz, ( - embora talvez o seja, assim como, eu, sozinho, não resolveria nada – até porquê: resolver ISSO sozinho não faz sentido)), mas porque tudo estava moldado para ser TUDO ou NADA.
Zezão, zraide, viziandos em televisão não assistiam àzena: vizioziozioziii.
Zrrálí estava lá em carne osso e alma.
Mas, mesmo com tudo, aquela cena dependia de polegadas sutis de tempo para definir-se.
Afora as digressões, este surdo-mundo não teria siginificado útil. Só o tem porque volta-se às digressões, às comparações sincréticas, às constatações históricas, aos posicionamentos estratégicos que estabelecemos frente à vida. Toda ela. É disso que trata-se: o raciocínio e a poesia juntos.
E foi.
Com um tiro, sem virgulas, e (me desculpe Zari:) numa linha reta, perfurou quatro homens. Em 0.5 milímetros de segundo, derrubei (El Justiciero) mais três. Zari, um. Zali, outro. Sobraram uns 3 ou 4 atirando feito cachorros, pulamos pro chão – ZRA ARKAS mas uns dois e zali completou.
Fantástico!
A compreensão libertário-estratégica pré-formulada não-intensionalmente entre os quatro deu-se como um fato firmado.
E foi.
Tudo isso pela poesia. E nada mais. Pela poeticidade do drama, da cena, do roteiro. E para ser mais preciso, para brindar a vida com a poesia.
Há que ridicularizar!
Há que ridicularizar!
Love!
viernes, 18 de septiembre de 2009
Essa curva eh perigosa!!!
Continuem cliches, se estes sao verdadeiros...
Como assim foi um dia escasso de vento, chuva, ar...
Soh nao foi escasso de refrescos, que aceleraram a mente de um jeito...
Foi quando a lenta volta, de tempos demorados, da pistolera junior se deu!
E surpreendeu de jeito! Ate ela mesmo!
No meio que ela nao mais se reconhecia como mulher de atitude e, por vezes, dona da situacao, a mesa virou!
Coisas que nao mais tinha esperanca, ou, se quer, vontade, comecaram a acontecer repentinamente!
Um terreno arenoso e cheio de futuras vitimas se deu de frente com ela!
Estava tentado se recuperar do primeiro e ultimo tiro que tomara ao lado do seu coracao, que ainda doia. Mas foi quando um homem coberto de mas intencoes, que ela considerava um pseudo amigo, puxou sua pistola e atirou, tentado acerta-la. Mas, como com um erro se aprende, rapidamente a pistolera desviou-se da bala e ZRA! Acertou em cheio aquele inimigo disfarcado! Pelo odio que a dominou devido essa traicao, um tiro soh nao era suficiente para ela se desfazer da raiva, e continuou a descarragar o tambor inteiro em direcao a quem teve a ousadia de um dia se chamar de amigo e ateh mesmo irmao!
O que aconteceu foi, parte novo problema, parte grandiosa solucao, que as balas atingiram dois homens nos olhos, furando-lhes estes!
O melhor de tudo foi que furou inclusive o malefico provocador da situacao desesperadora, nos dois olhos!
O resultado de tantos tiros disparados foi um corpo enterrado e cuspido no lugar mais distante do pueblo, um corpo gladiador tristemente enterrado 7 palmos abaixo de um cacto, e um obstante homem continuou firme e forte com suas armas engatilhadas!
Seria essa a continuacao de uma batalha sanguinaria?
Ou seria essa a volta da saga sen fim?
"... Siga em frente nessa linha!"
jueves, 17 de septiembre de 2009
Um eh pouco dois eh bom e tres.....
Conti
Nua
sábado, 12 de septiembre de 2009
Um dia de bikini na praia – conto de terror
para não dizerem que não escrevi...
Parte I
Só, lá no fundo, o sol ergueu-se em si be mol. o verde perto da mata brilhante nos óculos escuros molhava a cena. Muito quente e melhor. som leve do quorpo violão salgrado – senta-se na areia. Homens e mulheres e cachorros e pássaros e formigas e cactos e dumas e bananeiras descascando cascas de água desaguadas frias no cais: Escorregágua. Bombulham soluções e soluços e sumiços nos redondos ondulantes do mar. te falei, meio de burbulho, umas marolas soltas de idéia:
- não sei não esse papo de namoro, um sóòlho voltado pro mar é pouco.
crescia o dedo do dia.
Com a disposição integral da mânha da manha - ela moledura - deitei no colo da meninamulher. Quando olho pra paisagem da praia vejo meninas. Não vejo mulheres. Vejo um ar fresco novo e verde que caminha lustrando cum pincel de cor sobre tudoaomesmo tempo. Mesmo que velho, vejo novo. Vejo o sol.
Maiakoviski, russo, roia as rugas das ruas de petrogrago declamando versos e futuros. Voava vivo raspando os dedos na areia.
- umas férias não vão mal. A vida foi feita para ser vivida de férias. E o trabalho deveria ser outra coisa. Mas útil. Menos melancólica. O ócio de um homem após construir sua casa é tão produtivo quanto o trabalho que seu corpo desempenhou para transformar a natureza em uma casa em seu benefício. O trabalho serve, na verdade, organizar e promover a vida e gozá-la. Brilhar para sempre. Como um farol. Ou deveria.
o casal despido na mente no meio do sol da praia das barracas das cadeiras das bolas das capirinhas das revistas.
- alto lá.
- documentos!
- mora onde?
- faz o que?
- amigo de quem?
vai saber o motivos das coisas.
No meio de um jogo de futebol, um maluco entra errado, engancha na canela e quebra a perna do outro. os outros começam uma discussão e um quebra-pau e um maluco tira uma arma e todos saem correndo e o sol vendo tudo isso não faz nada. Deixa os homens aos homens. O cara saca a arma, mira ao longe o homem que fogia de costas, paralelo ao mar, numa linha reta acerta as costas do indefeso.
Ergue-se a moral.
Zarcas meio esquisita no dia, levanta-se:
- quê isso?
- quê isso o quê?
- o maluco que vc matou.
- que que tem?
- matou pra quê?
- matei.
- tcho vê essa arma.passa. Ela pega e – zaz – mata o imbecil.
Todos, que já estavam correndo, somem de vez. Zarcas senta, pensa no que fez e putz.
- acho que exagerei.
Vai saber.
Parte II
Nuas.
Contínuas noites adentram a casa ressacada de mar e pesam sobre os corpos o calor transferido do dia recaído sobre um sofá. Um aparente clima blasé encobre a consciência japoneza dos pistoleiros em clima de calma cama mole pedra dura tanto bate até que.
TUM TUM.
- quem será?
- ENTRA!
na porta, o vulto fantasmagórico de um homem com uma bala no peito sangrando mira do escuro a sala acesa de peças quentes de carne nua crua que cruzam a sala os olhares e atingem o vulto apontado para dentro num reflexo invertido e complementar entre dois ambientes espelhados. O clima expiraliza-se.
- zarcas.
- quem é?
- quem poderia ser!?
- vish. O que vc quer?
- seu corpo para ofertar em nome da minha morte.
- vc matou um homem!
- vc também!
- quem?
- eu
- então atira, seu filha da puta.
- não. Quero que vc atire.
- não. EU quero que vc atire.
o tempo plainou.
E o vulto vira-se e, com um passo, sai da cena deixando o vácuo da natureza invisível à noite emoldurada pela porta da sala.
Zarcas salta do sofá e olha para fora da porta. saca uma arma. Nada. atira rouca no mato à noite. Vira o rosto pra tentar, através da expressão no rosto das Pistoleras, entender algo que lhe parecia um fantasma. Embora assustadas, as outras pistoleras não tinham, como ela, visto um fantasma. Apenas um louco assassino.
- como assim!?
- era só um louco. Desses que encontramos hora ou outra, retruca Zali, com aquele desdém irônico próprio de suas conclusões óbvias sobre coisas óbvias que cachorros como nós não processamos com tanta maestria.
- eu matei esse cara hoje à tarde!...
- quê?
- era o cara da praia...
calma cama mole pedra dura tanto bate até que.
TUM.
- alguém aí?
O morto reaparece.
- o que vc quer?! – grita Zarcas.
sem a marca e o sangue da bala, com a mesma roupae nova expressão, responde:
- desculpe, vcs não sabiam que não pode deixar a luz acesa essa hora da noite?
- quê?
- vcs não sabiam que não pode deixar a luz acesa essa hora da noite?, repete.
- vc estava aqui há um minuto querendo me matar ...
- não sei do que a senhora está falando. Por favor, apaguem a luz.
- eu jurava que. Enfim. É para apagar a luz?
- isso.
- por quê?
- porque sim.
- não faz sentido.
- apenas apaguem a luz.
- certo.
- obrigado.
- vc é o?
- silas.
- sei. vamos apagar.
- obrigado
- boa noite.
- Boa noite, pistoleras...
a sala retorce-se. o homem, feito um flash-back, sai (de novo) e deixa as pistoleras no buraco molhado da noite litorânea.
Conti
Nua.
PARTE III...
jueves, 10 de septiembre de 2009
sábado, 5 de septiembre de 2009
Los tres
Eu diria que não.
Diria que tudo foi avisado, que as cartas foram escritas, que os selos foram colados e que tudo foi entregue ao correio. E que o vento se encarrega de levar as cartas: As notícias, algumas tristes, outras alegres. A espera de um vento é simplesmente a sede da notícia.
O Fato... concreto? Abstrato?
O dia de biquini na praia foi um desastre, daqueles que só sobram castelinhos de areias perto do mar. E que Zarcas saiu da sala da justiça. Foi fazer a sua própria justiça. Quase saiu queimada atacando um pueblo desconhecido cheio de coyotes. Tornou-se vilã, como talvez muitos daquele pueblo nunca viram. Tirou o coelho da cartola, armou-se com espingardas e errou o tiro. A culpa do erro, a vilã da história. Madrinha reverte as histórias. Então de vilã fez-se vitíma, e os tiros estão focados no alvo certo. Se não quiser ouvir, não pergunte.
No último episódio do dia Quem foi que disse que sou aprendiz? Tem como personagem principal Zari. Zari que se fez durante duas semanas de Zizinha. Que ouviu o mundo, que desacreditou nele mesma, que encarnou Zari naquela noite, que saiu para um pueblo novo e belo, para tentar escapar do tiroteio que vinha em sua direção e rapidamente atirar na hora certa. O difícil se tornou fácil. Teve até dúvidas. Subia e descia arma. Prestava mais atenção na Lua cheia do que em outra coisa. Mas quando virou seu corpo, a arma estava ali, apontada para sua testa. Não tinha saida. Tinha perdido. Tinha entregado, sem ao menos lutar. O que ninguém sabe é que além de pistoleras, elas são super heroínas. Encontram-se sempre na sala da justiça para arquitetar seus planos. Poderes. Mal sabia ele, pistolero ZZ, que Zari congelaria o momento, que tiraria sua arma da testa dela, e que apontaria ela para seu cérebro. E que na hora do tiro, com sede e com vitória, acertou o coração. Que de fama só existe o adjetivo, que a aprendiz pode ser muito bem só na teoria. Na prática é outra história.
martes, 1 de septiembre de 2009
Eis a questão!
Não não não.
Sim sim sim.
Eis a questão!
lunes, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Quem foi que dormiu? (Parte I)
miércoles, 19 de agosto de 2009
zzzzzzzzzzzzzzz
Boa noite
martes, 11 de agosto de 2009
O dia em que eles passaram a tentar conquistar o mundo!
Eles se uniram para tentar conquistar o mundo! E é o que tentam há décadas e décadas de existência.
De longe, pensava-se muito mal deles, mas um grupo com almejável objetivo não poderia ser de pleno descartado!
Então eu me vi numa situação irrecusável: me uni a eles! A questão estava no que isso significava para eles e no que isso significava para mim: eles achavam que eu fazia parte do grupo na íntegra, mas eu sabia que só estava lá para, disfarçadamente, tirar o máximo de proveito da situação e deles, sem me intitular como um, do fundo do meu coração!
O pior de tudo estava no jeito que eles se chamavam! Como se doutores fossem... Hahaha! E nada disso sabiam!
Fazer o que...??? Assim também passei a ser chamada! Com ou sem orgulho algum!
Ali passei a pistolar, sem que ninguém soubesse que era eu a causadora das vítimas naquele grupo!
E as vítimas eram muito bem focadas por mim, porque num meio recheado desses, a falta de opções era inexistente!
Começou... Foi um, dois, três e... quatro! Zrá!!!
Focos acertados e objetivo conquistado! Foi quando vi que não mais eu precisava de participação naquele pueblo.
Até que um deles, deitado em sua piscina de sangue próprio, teve um momento de lucidez, e me pistolou!
Caída com a cara no chão, esmagada pela dor da ferida causada ao lado do meu coração, a morte bateu em minha porta! Mas eu não a atendi, porque consegui ver qual tinha sido meu erro: pistolar em quem, orgulhoso demais e sabido demais, não deveria, por mim, ser morto! E o que ele tentou fazer não foi me matar, foi me dar uma lição de que o que vai, volta, viu, vindinha!
Assim foi! A mágoa existente entre eu e ele nasceu, e um homem que parecia ser apenas qualquer um, se tornou, para mim, um homem muito bem desejado. Mas o que ele tentou me ensinar foi que o que eu fiz com ele o fez se afastar de mim completamente por dor de feridas e de jamais me querer como eu passei a querê-lo.
Tentei enterrá-lo dentro de mim, mas quando o amor surge em uma pistolera (e acreditem que isso acontece muito de vez em quando), nem enterrá-lo com as próprias mãos na mais árida terra acalma o sofrimento.
Como a vida continua, o dia de por o fim nessa história inquietante chegará! Por mais que o caminho a seguir seja o das pedras!
jueves, 6 de agosto de 2009
Com sede d'agua de purpurina!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Previsão do tempo: tempestades sinistras e temporais
Porém, vai em frente e faz o que tu queres
É tudo da lei, eu sei, navego há trinta e dois natais
E não só por isso os tratamentos medicinais
Legais ou ilegais, químicos ou naturais
Realize and legalize, suas táticas desleais
E ai, o deserto acalmou. Esperaram novas previsões do tempo. Cada uma seguiu seu destino. Zali ainda está atrás de sua cura, Zarcas alimenta o povo na hipica, Zezão ajuda os animais do pueblo e Zari virou costureira. Estão focadas em trabalho, esqueceram da diversão. Cansaram da busca inexistente. O vento todos os dias assopra nos ouvidos de Zari: Abandone tudo e invada novamente o deserto de Zarcelona. Sumiu todo mundo. Zizzo, Zotta, Ziwinsky, Zovo, Zelguis. Ultimamente pela rua principal apenas os dois que voltaram: Zorto e Zraide. A última vez que viram el justiciero foi comendo bolachas na estrada esperando a sua morte chegar! Mas que merda de Deserto! Nem moscas e nem cavalos. Nada acontece. Abandonar o barco, já! Salve-se quem puder!
- Não existe mais guerras? Grita Mestre do Magos para o alto.
Roterista Mediocre: Nada escapa Àquele que tudo sabe, que tudo vê
Nós criamos a sigla: IRA, ETA, CIAONU, OTAN, FBI, D-20, HIV
Bin Laden e Al-Qaeda, George Bush cai da escada
Um alô pra cada moleque da quebrada
Senhora na janela do barraco na favela
Atrás da minha casa, cada chicano de lowrider
No país da carteirada, juízes ladrões
A filmagem para. Os atores reclamam, os figurantes desistem, os cactos de papel caem com o vento do ventilador, as luzes que fingem em ser o sol ardem e o Mestre dos Magos se demite. Se procuravam alguma novidade, ou mesmo alguma ação no deserto abandonado, conseguiram! Agora nem os figurantes estão mais no cenário. Ele está assim completamente vazio, quase do mesmo jeito quando o Capitão Marujo quis dar o golpe nas pistoleras. Agora estava tudo, tudo mesmo nas mãos do cara que comia bolachas, quer dizer, nas mãos do sábio e forte El Justiciero. Só ele poderia bolar um plano para incentivar as pistoleras a voltarem com aquela alegria contagiante. Só ele seria capaz de trazer todos os atores, figurantes novamente a rua principal del pueblo.
Roteirista: Repensar nossos valores é o que nos resta
Recorre aos pastores, o explorador da fé que infesta
Em nome do senhor dos senhores de forma desonesta
Falam em nome do Leão conquistador da tribo de Judah e roubam Robert Nesta
A morte vive, a vida morre, bicho pega se tu corre
Nada disso pra mim presta, o que de bom ’cê leva desta?
Dois mil e quatro babilônia cai, cai
O retorno é de JediBum bidi, bye, bye, bye…
Outro deserto?
Nenhum safado nenhuma pistolera nenhuma luz nenhum nada de nada nesse fundo mundo?
Sabe lá.
A monotonia vermelha é só paisagem presse cotidiano almofadado repetido de notícias secretas.
Pros infernos.
Na verdade, enquanto vcs mofam aí, silenciosos feito televisores ligados, tem uns safados extorquindo suas vidas e seus ouros.
Tranqüilo.
E até minha poesia vai ficando miúda e xôxa sem motivo perdendo terreno pros documentos burocráticos de algum servidor público.
Xoxotas.
El justiciero passou por aqui e pediu pra protocolar a inquisição: Outros desertos? Sei que sem nenhum, não fico,
Sweetsamores.
lunes, 27 de julio de 2009
Back home
Saem caminhando com as espingardas empossadas entre as mãos e os ombros, segurando as rédeas dos cavalos nas outras, observando o sol - fogo e vida - que calmamente se apresenta e saúda-os com um “bom dia” calmo e grandioso. Zezão equilibra sobre os pezinhos entortados pra dentro a força de uma mulher dona do marido, da casa e das armas e a tranqüilidade de uma assassina objetiva e fiel aos companheiros. El justiciero absorve o primeiro dia do resto da sua vida...
Recorda-se, adocicado pelos restos de bolacha Bueno entre os dentes e aquela acidez alcoólica que sempre lhe confundia o pensamento ao mesmo tempo em que dava-lhe objetividade e coragem, de frases pretensiosas como “homem que fala de si na terceira pessoa, histórico invejável, conquistas incalculáveis, profundidade oceânica eticeteras vezes mil” e as contrapõe às cenas quase-fatais que acabara de viver. Tinha aprendido uma lição. Subira alto demais: entitulara-se tão forte, que arriscou colocar nas mãos de um qualquer uma arma e pretensiosamente gritar “Atire!” – como nos bons filmes de bang-bang. Mas, aprendera, esse fundo mundo seco e roído não é apenas um filme. É mais. É o cenário dos desejos das vidas de muitos outros. E, como ele mesmo havia declamado despretensiosamente, tratava-se de um deserto aberto para todos. E a arma não caiu nas mãos de um roteirista qualquer. Mas, pior, mesmo se tivesse caído, aprendeu que qualquer um pode tornar-se um grande atirador, se assim desejar. Foi pretensioso demais. Subjulgou os homens de El pueblo.
- Hoje a noite terá uma festa boa.
- É mesmo? O que pega hoje?
- Depois de 9 anos, Zraide volta para o deserto!
Por sorte, a arma caiu nas mãos de alguém com uma alma profunda, que soube, além de angular bem a mira e os cortes, fazer El justiciero cair de joelhos e sentir-se uma mísera formiga na história de El pueblo para, então, adocicar sua morte. Por piedade? Bondade? Não! Por grandezaa de espírito. Teve sorte.
- Não imagino como esteja Zraide.
- Mesmo estilão.
- Pago para ver.
El justiciero é bom para falar dos outros, do mundo, de política, de poesia, grandificar a vida, o significado dos fatos, dar-lhes história, mas não sabe falar de si mesmo. Enrola-se com as palavras. Sabe reagir ao mundo, mas não a si mesmo. Precisa dos outros, mas, antes, encara-os para dominar-lhes o movimento. O deserto faz isso com as pessoas. Tornam-se produtos do meio social e físico em que vivem. São homens fortes e de caráter, mas vivem em um deserto profundamente solitário...
- Deve estar com sede.
- dos infernos.
- Você caiu na mais velha das armadilhas...
- Sou tão vulnerável como qualquer cabron aqui.
- Mas é metidinho à besta.
- Não sou eu que sou. É o deserto que pede que eu seja...
- besteira sua.
- Besteira ou não, não espere que eu mude. Mesmo abalado, tenho um nome a zelar nesse tiroteio.
Encapou o chapéu. Zezão seguiu reta sem dúvidas, como sempre. El Justiciero deixou o sol engrandecer-se sobre El Pueblo, que já aparecia no horizonte.
- Lindo dia, não.
- Como sempre, Justiciero. Como sempre...
Qualquer palavra a mais seria destituída de sentido. A história de El Pueblo estava mais uma vez, como sempre esteve, aberta aos novos forasteiros. Mas, mais uma vez, como sempre, para aqueles que a encarassem de frente.
domingo, 26 de julio de 2009
La muerte del Justiciero ??? (Parte II)
Sem sinal nenhum, sentou no meio da estrada. Abriu um pacote de bolachas Bueno de chocolate e comeu, uma por uma. Depois de 7 bolachas mastigadas, a papa, o seco, a sede. Tentou enganar a mente e fingiu se interessar pelos cactos. Não resistiu e comeu a oitava bolacha, engoliu com muito esforço e rezou por um copo d’água.
Pausa! Como disse mesmo El Justiciero, o roteirista era medíocre. E se ele era medíocre, el justiciero pode morrer até mesmo engasgado com as bolachas ruins de chocolate e secas. Pode morrer também de sede. Pode morrer atropelado, estuprado, assassinado. Pode até cair de mau jeito de seu cavalo e quebrar o pescoço e não ter a sorte de ficar tetraplégico.
Mas (sempre tem um mas) a recém pistolera era mais medíocre que o roteirista. Tinha muito mais sangue em seus olhos e tinha em suas veias a vingança fluindo. Ela tinha sede, quase a mesma sede del justiciero. O roteirista lava suas mãos, porque afinal el justiciero é ameaçado por sua e única falha no tiroteio da redação. Não exterminou direito e ainda coloca a culpa no roteirista. Ora bolas Justiciero! Vamos logo com isso. Aceitou tão rápido a morte que nem se justificou em querer matar a pistolera antes. Ficou ali, quieto esperando a morte chegar. Não lutou e nem matou direito. Mas que coisa mais previsível, que coisa mais sem graça. E agora fica ai sentado, pensando na vida, comendo bolachas de chocolate como se fosse a última vez. Se entregou tão rápido, saiu até del pueblo. Saiu sem se despedir.
A Vingança chegava ao som de tango. Melancólico, forte, raiva, choro. Essa é a sua trilha sonora, el justiciero. Nem trio Los Panchos estavam ali para te salvar dessa melancolia cantada ao bom e velho sotaque de nuestros hermanos. A dança estava preste a começar.
A noite nasce ali, bem ali, no horizonte da estrada em que el justiciero decidia se comia ou não a última bolacha do pacote.
- Se eu comer a última, eu não caso. – falou alto el justiciero.
Silêncio do deserto.
- E também pra que eu gostaria de casar???? – berra ele ao universo.
O vento assopra.
- Vuelve, como se vuelve siempre el amor, vulevo a vos con mi deseo, con mi temor, con un destino del corazón, como los aires de pueblo. Canta ela.
El justiciero chora desesperadamente ao ouvir ela cantando Carlos Gardel. Se levanta, joga o pacote de bolachas para o lado e se entrega aos braços daquela mulher. E juntos, dançam o último tango de sua vida ao nascer da lua cheia. A sombra no chão, as coxas que se entrelaçam, o amor, o respeito, o desejo. O tango tira el justiciero por alguns instantes do alvo. Com a rosa na boca, el justiciero se apaixona por aqueles novos olhos. E se convence que aquela seria a sua última troca de tiros antes de sua morte. Sorriu, agradeceu até o roteirista. Já que já ia morrer mesmo, ainda ganhou essa boiada com uma argentina, dançarina de tango, e gostosa. Recarrega suas armas, baila sozinho pela estrada, volta, pega no braço da mulher:
- Como te llamas, mujer de mi corazón?
- Venganza!
- Que rico! Quieres bailar conmigo esta noche?
- Y tu que? Creas que venir hasta aqui hacer outra cosa?
El Justiciero entregou-se a vingança, sem ao menos perceber, que era ela, a pistolera recém-nascida naquele fajuto tiroteio. Se entregou ao tango como um pato. Devia ter comido a última bolacha.
Sob a Lua Cheia, fizeram fumaças, trocaram os calores dos corpos, degustaram as novas peles que jamais seriam tocadas novamente. O beijo, o cheiro, o suor. Todos os últimos. El justiciero estava deitado pelado sob a estrada. Estava exausto, satisfeito e feliz. El Justiciero estava entregue. Além de tudo, estava apaixonado pela dançarina de tango. Pensava que se lutasse contra a sua morte, poderia viver muito bem longe do deserto ao lado de sua nova amada. Ouvindo tangos todos os dias, e amando como nunca amou. Tolo! Não desconfiou em nenhum segundo, que sua nova paixão era a morte em sua fuça. E ela, justiciero, não vai te matar com pistolas e armas. Muito menos com granadas. Ela é muito mais esperta, não quer chamar atenção, não que nem lutar com você. Até porque, aos poucos ela também sentia um amor por você. Mas ela se chama venganza, estava com muita raiva e esperava você dormir em seu colo, para aplicar uma injeção em seu braço.
Que morte mais tranqüila, mais ingênua, e sem sangue. E lá vai... el justiciero apoiando a cabeça no colo da venganza, ela fazendo cafuné e el justiciero preferindo esperar a morte para o próximo dia, já que o roteirista demora uma eternidade para acabar logo com essa história. O que haveria de tão ruim dormir um pouquinho no colo de sua amada e acordar só amanhã e amar mais uma vez la venganza? Ele adormece feliz. E la Vengaza gargalha alto, mas muito alto, tão alto que até as estrelas escutaram a vingança saindo de seu corpo e virando realidade. A injeção numa mão e o braço del justiciero em outra.....
Um único tiro. Certeiro. Atravessou o cérebro. Ele não acordou. Mesmo com tanto sangue em seu rosto. O amor tinha acabado ali. Jamais dançariam tango. Jamais se amariam embaixo da Lua Cheia. Era o fim de um amor. Bem mexicano. O roteirista decidiu. Ia ser mais fácil assim. Já que não lutou mesmo pela sua vida, já que nem estava ai. Já que só achava defeitos no deserto, resolveu colocar pilha na Zezão para decidir tudo aquilo ali.
Explico a cena do crime. El Justiciero dorme deitado sob a estrada e com a cabeça apoiada no colo da dançarina Argentina. No momento em que a Venganza daria a injeção no el justiciero, Zezão surge emputecida e atira pelas costas no cérebro de Vengaza. O corpo cae sob el justiciero e o suja de sangue. Ele, sei lá porque, acorda depois de 30 segundos:
- Eu morri?
- Não! Deveria. Mas te salvei.
- De quem?
- Da Vingança!
- Era ela?
- Eu não sei, seu filho da puta. Fiquei sabendo lá no pueblo que você estava com uma mulher que ninguém conhecia aqui na estrada.
- Mas quem me viu?
- Não importa. Importa que casamos no mês de junho com o pacto que você teria 10 homens e eu teria 10 mulheres. E vc mesmo assim, já foi pular a cerca?
- Mas achei que ia morrer, Zezão. Foi assim... apaixonante!
- Mais uma palavra, e eu mudo de idéia e te mato!
El Justiciero engole seco mais uma vez. De olhos fechados agradece ao roteirista pela Argentina e pela vida. Abraça Zezão a agradece.
- Vamos embora logo. Hoje a noite terá uma festa boa.
- É mesmo? O que pega hoje?
- Depois de 9 anos, Zraide volta para o deserto!
viernes, 17 de julio de 2009
La muerte de El Justiciero? (Parte 1)
- por quê, pergunta o protagonista do filmeco americano, esse tipo de anúncio que muda completamente a ordem natural das coisas, que fode tudo numa só tacada, acontece sempre em uma situação corriqueira, como durante as compras no supermercado, tomando café da manhã, ou abrindo o email, ou preparando um bauru? engoli seca a dramaticidade bíblica à anuncio do anjo gabriel à virgem maria através um mísero recadinho de guarda-napo no bar princesa de la margueritta. os roteiristas modernos adoram essas tragédias meio despretensiosas que, atormentando os arrastados cidadãos cotidianos, entretêm o flácido público nas poltroninhas aveludadas.
el justicero, homem que fala de si na terceira pessoa, histórico invejável, conquistas incalculáveis, profundidade oceânica eticeteras vezes mil, viu-se, pela primeira e, provavelmente, última vez nas mãos de um(a) roteirista medíocre que resolvera, assim como quem escolhe o número do lanche num fast-food, decidir qual seria a data e hora para matá-lo. é impressionante como o ser-humano pode trocar 80 anos de dignidade por uma trepadinha com a garçonete antes de chegar a comida. as coisas giram giram e sempre caem com a manteiga pra baixo...
como de praxe, o agora entricheirado homem tetra-trincado terrácida vermelha afundo entornou mais algumas tequilas e postou-se idêntico. desceu garganta abaixo o destino mórbido a que sua biografia estava destinada. o homem, meus filhos, é maior que deus. e a mass media, maior que os sonhos humanos. inverte-se a ordem. modern times. el justiciero, que nunca teve que tratar com essa gente moderninha, de repente, era uma dançarina de bikini num programa de auditório. o mataram em troca de audiência. e pouca audiência... recostou e passou a conduzir-se num raciocínio retórico eletrônico retorcido acerca das prováveis probabilidades para aquele quebra-cabeça sem encaixe. e, logo, tão logo logou as peças, viu: andava meio sumido... pronto. estava sendo assassinado porque estava meio por fora, meio de lado, meio esquecido, meio sem público, meio a-político.
nessas horas, um homem só tem um rumo imediato. afundou-se encharcado nos entornos solitários do pequeno vaso de doses contadas da maldita e foi-se indo longe e vago rumo à resolução de si mesmo sem muito saber porquê, mas como quem crê que detém os motivos de seu próprio fracasso, arquiteto de sua própria forca. ele era homem que assume sempre, de peito exposto, até o que não fez. e foi o que fez. assumiu, antes de todos, sua morte.
ajeitou-se num sofá encardido nos fundos do bar, sob aquele ar acumulado naquele caixote de madeira velha e podre para por o bolor do cérebro em coma enquanto assistia àquela tv de 14 polegadas policolor. acompanhou um filme americano, que, como um bom filme americano, sempre acaba com um negro perseguindo ou sendo perseguido por um branco, um deles, policial, e, após 2h de investigação sobre as origens da droga ou do dinheiro, saem explosivos nova iorque afora. el justiciero, se fosse americano, seria negro, e, mais que isso, seria como o cara na tela: denzel washington. mas tudo isso é passado. agora, el justiciero era mais um barrigudo no fundo do boteco...
acordou com camisa presa embaixo do braço, aquela sede dos infernos, acendeu um cigarro de palha, nem fechou a camisa, falou um “oi” meio rosnado, encapou o chapéu, empurrou a portinha, encarou o sol, saiu pela rua, foi observando as pessoas, quase não pensou que eram seus últimos minutos, e se foi. a dois quilômetros dali, no meio do deserto, distante de nada, parou em pé:
- vamos logo com isso, RO-TEI-RISTA! – ecoou...
viernes, 3 de julio de 2009
Essa Liberdade eh pra Nos!
Vontade essa que soh se ve passar quando concretizada!!! Entao sempre nos aproxima de efetua-los de forma mais do que perfeita, como tambem gralmurosa!!!
A sede pela vinganca ou pela nova conquista jamais passa. Pode ficar no maximo adormecida! Mas com um leve cutucao, se desperta fortemente! E nos da a ambicao pelo gosto quente do sangue em nossos labios!
Olha la... ja esta ela por despertar gritantemente em alguem que andava escutando seus suspiros de sono ha um bom tempo...
jueves, 2 de julio de 2009
O significado de liberdade Parte II
Levantou-se, enxugou suas lágrimas, caminhou pelos corpos e chorou mais uma vez. Engoliu seco e deitou sob os corpos. Num ato carinhoso de adeus, lambeu o sangue de todos os mortos. O gosto amargo e quente grudou em sua própria boca. Juntou saliva e engoliu....sentiu prazer. Jurou vingança!
Comprou no meio da estrada (Redação – Pueblo) a melhor e a mais moderna arma. 700 tiros por minuto. Deixou quase suas roupas íntimas como forma de pagamento. Sentada já em seu cavalo apenas de calcinha e sutiã, lembrou do que tinha esquecido. Esqueceu do teste da nova arma. Voltou à loja. Testou durante 3 minutos na testa do vendedor. Aproveitou então para testá-la num ângulo de 360 graus. A loja foi ao chão. Pegou sua roupa, se vestiu e subiu no cavalo. E sumiu ao pôr do sol na estrada sentido pueblo. Só que ela não sabia que o vento vinha em sua direção contrária. E ninguém do pueblo sabia, que naquele fim de dia, esse vento passaria por lá.
A morte del Justiciero estava pré-destinada, só ele que ainda não sabia e comemorava sua grande atuação num bar de esquina com alguns velhos marinheiros.
martes, 30 de junio de 2009
o significado de liberdade
todo homem que governa, o faz consciente de seu poder. um homem que detém poder, sabe até onde sua influencia pode alterar a realidade, mover outros homens, alterar resultados. um povo, geralmente pela baixa agudeza de sua imaginação, aceita o modo de governo porque não vê outro modo ao seu alcance. às vezes, no entanto, QUER outro modo de vida, mas, mesmo o visualizando a um palmo de si, não consegue alcança-lo. vê, mas não enxerga os meios pelos quais pode detê-lo. então, o que faz? contenta-se. por quê? porque não quer viver uma frustação.
o que vale mais: reconhecer seus limites e privar-se de uma frustação, que pode lhe custar a alegria fácil, ou arriscar conhecer os limites da própria força e conviver com a frustação de saber que há certas coisas na vida que simplesmente não foram feitas para si?
o mais abusrdo desta abstração teorico-politica-revolucionária é constatar a olhos nus que geralmente quem governa não é o segundo tipo - o herói, o corajoso - mas o primeiro - o covarde, cético, mediocre. muitas vezes a diferença entre a mediocridade de um governante e de seu povo resume-se às formalidades que o primeiro executa e, às quais o segundo, dobra a espinha e presta condolências.
grandes mestres da governança não são necessariamente grandes estrategistas militares ou políticos, mas, frequentemente, homens que sabem executar as condolências com um sorriso no rosto e com a cara lavada de quem não fez nada para estar lá - (um bom ministro da economia ajuda). São homens que sabem fazer a pose de "escolhidos".
um outro tipo, que exibe a mesma expressão de satisfação e tranquilidade perante a governança de seu povo, mas com maior tranquilidade ainda, é aquele que, no passado, estava do outro lado - do lado do povo - e auto-legitima-se como representante da maioria.
toda essa complexidade semiótica e política foi lavada ralo abaixo com um simples mecanismo óbvio, pragmático e matemático, inventado pelos gregos, reinttroduzido violentamente pelos franceses mas otimizado pelos fundadores do pragmatismo: os estados unidos da américa. essa palavra que define esse deslocamento das paixões políticas ganhou o nome de governo do povo - democracia.
a palavra, no entanto, que é digerida pelo mundo com a mesma facilidade com que se respira, acarreta, ao mesmo tempo, um mecanismo simples e aparentemente mais-perfeito-impossível - eleições diretas - e um pulo do gato problemático para a história.
em el pueblo, não existia nenhuma dessas modernidades matemáticas e tal palavra não seria tão facilmente digerida pelo seu magros habitantes. o povo, como já foi explicitado nos infinitos capítulos desta tragédia sem dono, resolve-se por si - sem governantes. alguns são injustiçados e outros andam em belos cavalos dizendo e desdizendo que atiram por aí à vontade... mas, em nenhum momento, a história é travada por um só cenro de poder. em nenhum momento, um só homem rouba toda a atenção com suas execuções de formalidades. o deserto está permanentemente aberto e livre. eis o charme deste fundo mundo moído.
liberdade, aqui, tem OUTRO significado.
certa vez, um forasteiro cá de nossas terras - sujeito áspero e intragável, mas de mesma linguagem - fora inebriado por um homem moderno, carregado de dados, para a ilha fora deste mundo sem fim - pueblo. acreditou que, lá, na democracia, onde o trabalho é livre e bem pago, onde a informação corre solta, onde os carros correm mais que os cavalos, onde a luuz chega com um botão, tornaria-se mais astuto e, principalmente, que conseguiria melhores armas. e se foi, ele e o homem que se chamava de "el periodista".
o mundo da razão era, parafrasendo o poeta, o avesso do avesso do avesso. e narciso, sujeito áspero e intragável, acha feio o que não é espelho... não gostou de nada, mas prepotente de si, afastando seu instinto por um novo, que achava que lhe renderia mais vitórias, engoliu seco aquela cloaca-cola e focou-se na busca pela sua nova e moderna arma.
acostumado a carregar a pistola a cada novo tiro, deparou-se com um automática - 350 tiros por minuto. aquilo podia exterminar uma vila em menos de um minuto!, pensou. parou assustado. não entendeu. para que alguém iria querer exterminar um povo inteiro em um minuto?! lhe pareceu um salta maior que as pernas. enraiveceu-se. mas segurou a raiva e levou a pistola. deixou todas as suas riquezas com os vendedores, que se chamavam "coxas".
saiu esquisitão, meio maio às avessas, desconfiado das coisas que piscavam feito bundas dançantes. o periodista, turista em sua própria terra, homem sem raízes, sem alma, sem drama, homem de dados e valores, puxou papo. - legal, né? estranho, estranho... estavam armando para ele, pensou. seguiu quieto.
quando adentrou no currau de trabalho do periodista, viu luzes nas paredes, pessoas sentadas em quadrados virando o rosto com cara de leve espanto e total desaprovação. não gostou. mas as mesmas caras que lhe olharam com desaprovação, na hora de cumprimentarem, abriram um sorriso. sismou. isso é armação... é armação.
tirou a automática do bolso, e como um cachorro que mija para marcar território, demarcou seu espaço. não fez por prazer. não fez por fazer. fez por instinto. desceu as escadas, pegou seu cavalo, jogou fora a automática e foi-se.
pq? ninguém nunca entendeu. até hoje, qualquer boato de seu paredeiro, é notícia bombástica de jornal.
lunes, 29 de junio de 2009
jueves, 11 de junio de 2009
Sim, a gente voltou. Quero ver alguém nos parar...
Aviso aos navegantes.....
miércoles, 10 de junio de 2009
Aviso aos navegantes desse mundo... Parte II e talvez, a última. Se o vento deixar, claro.
martes, 9 de junio de 2009
A Vida Te Põe no Lugar Sempre de Algum Jeito
Percebi que o que chegará mesmo está por me iluminar a mente, mas a certeza do que nao é ja noto logo.
Vi que a decisao de muito está presente, como tudo do que me afastei e do que eu visei proximidade. Só a alegria pode entao estar mais do que dentro de mim, como sobrando de mim e cativando qualquer situacao. Desafios surgem na cabeca e muito me atraem. A possibilidade do passado diferente parece ser muito boa, mas de possibilidade à certeza nao parece que chegará rapidamente. Entao a certeza do novo ja vivido versus o mais novo a descobrir vivenciando loucamente como inovador, é o mais poderoso e pesado. Desse jeito, a disputa entre um antes modificado e um novo diferenciado nao será muito justa, tendo o segundo melhores oferendas.
Foi quando me dei conta que tentei engolir um momento que ja havia muito bem digerido e que de presente nada mais tem. E que minha mente tem novos desejos e novos passos que levam ao nunca alcancado e que sempre surpreende. Solidao jamais me cercou, mesmo com esses pensamentos. Inigualaveis estarão sempre por perto, parecidos estarão em grandes chances por ali tambem, e novos serão conhecidos.
A fumaca que sai da pistola ainda quente, porem esfriando, é o sinal mais evidente de que ali há uma morte que muito diz e deixa o fim de algo que antes só parecia estar acabando, mas já está acabado.
O mais evidente foi a delicadez do aflorecer de uma semente desabercebida semeada dentro de mim. Parece que seria algo distante, mas cada vez mais visto a forca que conquista. O muito que domina o pensamento passou a nao ser unico, porque se verificou que ali cabe muito mais a se cultivar, e ate mesmo uma eventual tristeza que ainda nao tenho, e espero que não tenha tão cedo, sombra de tentar se aproximar.
Aquilo tudo é a vida! Me trouxe a perceber o lugar em que estou, os poderes de decisoes, os efeitos que me alcancam, as possibilidades novas, e os novos proximos!
Achei a paixao: pela vida, pela felicidade, pela conquista, pelo avanco, pela melhora, pela inovacao e pelo outro. O outro pode ser o matado morto ou matado morrido, o pistolado e sobrevivente instigativo ou sobrevivente e nao compreensivel, e ate mesmo que tenta se esconder mas pode ser descoberto.
Eh onde a vida te põe: com todas as chances que voce e ela tem, fica claro o melhor lugar e eh pra la q voce vai! E vai muito gostando, nada criticando e o novo conquistando!!!
Que seja muito bem vivido!!!