sábado, 12 de septiembre de 2009

Um dia de bikini na praia – conto de terror

para não dizerem que não escrevi...

Parte I

Só, lá no fundo, o sol ergueu-se em si be mol. o verde perto da mata brilhante nos óculos escuros molhava a cena. Muito quente e melhor. som leve do quorpo violão salgrado – senta-se na areia. Homens e mulheres e cachorros e pássaros e formigas e cactos e dumas e bananeiras descascando cascas de água desaguadas frias no cais: Escorregágua. Bombulham soluções e soluços e sumiços nos redondos ondulantes do mar. te falei, meio de burbulho, umas marolas soltas de idéia:

- não sei não esse papo de namoro, um sóòlho voltado pro mar é pouco.

crescia o dedo do dia.

Com a disposição integral da mânha da manha - ela moledura - deitei no colo da meninamulher. Quando olho pra paisagem da praia vejo meninas. Não vejo mulheres. Vejo um ar fresco novo e verde que caminha lustrando cum pincel de cor sobre tudoaomesmo tempo. Mesmo que velho, vejo novo. Vejo o sol.

Maiakoviski, russo, roia as rugas das ruas de petrogrago declamando versos e futuros. Voava vivo raspando os dedos na areia.

- umas férias não vão mal. A vida foi feita para ser vivida de férias. E o trabalho deveria ser outra coisa. Mas útil. Menos melancólica. O ócio de um homem após construir sua casa é tão produtivo quanto o trabalho que seu corpo desempenhou para transformar a natureza em uma casa em seu benefício. O trabalho serve, na verdade, organizar e promover a vida e gozá-la. Brilhar para sempre. Como um farol. Ou deveria.

o casal despido na mente no meio do sol da praia das barracas das cadeiras das bolas das capirinhas das revistas.

- alto lá.
- documentos!
- mora onde?
- faz o que?
- amigo de quem?

vai saber o motivos das coisas.

No meio de um jogo de futebol, um maluco entra errado, engancha na canela e quebra a perna do outro. os outros começam uma discussão e um quebra-pau e um maluco tira uma arma e todos saem correndo e o sol vendo tudo isso não faz nada. Deixa os homens aos homens. O cara saca a arma, mira ao longe o homem que fogia de costas, paralelo ao mar, numa linha reta acerta as costas do indefeso.

Ergue-se a moral.

Zarcas meio esquisita no dia, levanta-se:

- quê isso?
- quê isso o quê?
- o maluco que vc matou.
- que que tem?
- matou pra quê?
- matei.
- tcho vê essa arma.passa. Ela pega e – zaz – mata o imbecil.

Todos, que já estavam correndo, somem de vez. Zarcas senta, pensa no que fez e putz.

- acho que exagerei.

Vai saber.

Parte II

Nuas.
Contínuas noites adentram a casa ressacada de mar e pesam sobre os corpos o calor transferido do dia recaído sobre um sofá. Um aparente clima blasé encobre a consciência japoneza dos pistoleiros em clima de calma cama mole pedra dura tanto bate até que.

TUM TUM.

- quem será?
- ENTRA!
na porta, o vulto fantasmagórico de um homem com uma bala no peito sangrando mira do escuro a sala acesa de peças quentes de carne nua crua que cruzam a sala os olhares e atingem o vulto apontado para dentro num reflexo invertido e complementar entre dois ambientes espelhados. O clima expiraliza-se.

- zarcas.
- quem é?
- quem poderia ser!?
- vish. O que vc quer?
- seu corpo para ofertar em nome da minha morte.
- vc matou um homem!
- vc também!
- quem?
- eu
- então atira, seu filha da puta.
- não. Quero que vc atire.
- não. EU quero que vc atire.

o tempo plainou.

E o vulto vira-se e, com um passo, sai da cena deixando o vácuo da natureza invisível à noite emoldurada pela porta da sala.

Zarcas salta do sofá e olha para fora da porta. saca uma arma. Nada. atira rouca no mato à noite. Vira o rosto pra tentar, através da expressão no rosto das Pistoleras, entender algo que lhe parecia um fantasma. Embora assustadas, as outras pistoleras não tinham, como ela, visto um fantasma. Apenas um louco assassino.

- como assim!?
- era só um louco. Desses que encontramos hora ou outra, retruca Zali, com aquele desdém irônico próprio de suas conclusões óbvias sobre coisas óbvias que cachorros como nós não processamos com tanta maestria.
- eu matei esse cara hoje à tarde!...
- quê?
- era o cara da praia...

calma cama mole pedra dura tanto bate até que.

TUM.

- alguém aí?
O morto reaparece.
- o que vc quer?! – grita Zarcas.
sem a marca e o sangue da bala, com a mesma roupae nova expressão, responde:
- desculpe, vcs não sabiam que não pode deixar a luz acesa essa hora da noite?
- quê?
- vcs não sabiam que não pode deixar a luz acesa essa hora da noite?, repete.
- vc estava aqui há um minuto querendo me matar ...
- não sei do que a senhora está falando. Por favor, apaguem a luz.
- eu jurava que. Enfim. É para apagar a luz?
- isso.
- por quê?
- porque sim.
- não faz sentido.
- apenas apaguem a luz.
- certo.
- obrigado.
- vc é o?
- silas.
- sei. vamos apagar.
- obrigado
- boa noite.
- Boa noite, pistoleras...

a sala retorce-se. o homem, feito um flash-back, sai (de novo) e deixa as pistoleras no buraco molhado da noite litorânea.

Conti
Nua.

PARTE III...

2 comentarios:

Zarcas dijo...

El Justicero El justicero.....acho que tu ta me espionando hein? Como sabe que andei exAGERANDO POR AI??? Mas tudo bem porque o que um dia eh exagero no outro parece nao ter sido suficiente!!! Estou um pouco bloqueada para escrever neste momento mas qualquer hora sai....

Zali dijo...

carajo, justiciero!!!!
tanta inspiracao transpirando q ta ateh dificil de acompanhar...
mto bem!!!!