domingo, 27 de noviembre de 2011
A chuva
lunes, 31 de octubre de 2011
miércoles, 5 de octubre de 2011
o deserto não está morto...
Nem sequer uma brisa dava o ar da graça...
Nem uma luz reluzia ou uma vida se avivava...
Era só ela ali sozinha... Zali
Já estivera em terras ainda não desbravadas. Mas, dessa vez, era um caminho com muitos mais passos a dar, sem pegadas a acompanhar ou momentos pra descansar.
Só o calor estava lá... Sempre a escaldar! Com todo seu fervor, sugava o máximo de força de quem ali ousava ficar.
Só que Zali não desistia... Resistia!
E foi assim... dia após dia... noite após noite...
Até que um dia, a força se esgotou e a pistolera se entregou, surpreendentemente, ao amor.
Seus olhos há muito não brilhavam como naquele dia. Suspiros enchiam o ar a sua volta, exalando paixão.
Zarico era seu nome. Grande fazedor de promessas, prometendo até mesmo o mundo para aquela pistolera que se rendeu à inocência, acreditando...
Com ele vivia se entrelaçando, compartilhando, aprendendo, ensinando... Pecado! Pecava!
Como cega estava... Cedeu demais, passou dos seus limites e armou sua armadilha, onde foi apunhalada!
“Zrá” não ela fez... Fez ele, de mãos dadas com mais três, que gargalhavam de prazer, deslisando no sangue de sofrimento de um triste olhar que pairava no pesar que se esvaia de um coração esfanicendo...
Com o amor e a dor, acompanhava a vida que traçava de vermelho trilhas entre os grãos de areia daquele deserto.
Até que um vulto, uma forma, um reflexo, uma espada, uma vingança, uma ferida, uma baixa, uma morte, uma mão, uma ajuda...
A quem, uma vez, morte desejou, tentou e falhou, surpreendeu Zali e dela se tornou o mais próximo de companheiro que aquela pistolera poderia encontrar quando quase alcançou seu último murmuro.
Uma brisa refrescou!
A inocência lhe deixou!
O recado se tomou!
Se fechou! Se levantou! Se armou!
Agora acompanhada, se voltou ao coração do deserto, onde sentia de volta o prazer de seguir com sua saga, carregando seu carma e alguém que se afigurava que com ela estava, estaria e ainda continuava...
lunes, 19 de septiembre de 2011
era uma vez
jueves, 1 de septiembre de 2011
viernes, 8 de julio de 2011
O muro, a estrada, as férias Parte VII, a final
lunes, 27 de junio de 2011
O muro, a estrada, as férias Parte VI
viernes, 3 de junio de 2011
O muro, a estrada, as férias Parte V
sábado, 28 de mayo de 2011
No dia 28 de maio de 2011 os ventos mudam...
Quando o medo que assombra vem de fora.....é fácil.
Quando quem tenta te dar um tiro no peito está a sua frente....é fácil.
Quando os piratas estão te armando uma armadilha....é tão fácil.
Quando uma dose dupla de tequila consegue curar a ferida....é tão bom.
Agora existem sinais que não podem ser ignorados....venenos que não deixam mais o corpo nem a cabeça, feridas que não cicatrizam mais.
Nem Zentania galopa tão rápido para conseguir escapar....o perigo vem de dentro, não ha p onde fugir....
Não é com saudades e nem arrependimentos que ela diz Adeus....É com muita esperança, talvez com o único fio de esperança que a resta. Ela não pode mais, seu corpo não a deixa continuar, a estrada agora é outra, ela não pode, ela não vai, ela não quer olhar para trás.
Essa não foi uma decisão impulsiva como muitas. Sua marca registrada até então. Esse não é um coração amargo, mas um coração gritando pela vida, pelo grande desafio que está a sua frente, porque todo o resto ela tira de letra.
Ela não se despede das companheiras, afinal a tempo ela não as vê. Ela sai pela esquerda, sem grande finale, sem choramingos, isso não é do seu feitio.
E as que ficam o seu ultimo pedido é....Não deixem nem o samba nem o deserto morrer!
lunes, 23 de mayo de 2011
O muro, a estrada, as férias Parte IV
viernes, 20 de mayo de 2011
Un'altra avventura!!!!
Era aquilo mesmo!!!!! Um coco de passarinho bem grande direto na testa. Mas junto com ele uma carta. Era um daqueles passarinhos mensageiros que voam geralmente loooonnnngas distâncias e levam informações de terras distantes.
Ela se levanta rapidamente, olha para seu braço antes de abrir a carta, antes mesmo de limpar sua testa... O veneno do escorpião se espalhava rapidamente, ela podia observar a cor de sua pele se modificando.
Sem pestanejar ela alcança seu facão e faz um rasgo perto de seu ombro, onde o veneno não havia chegado.
Já sentindo o veneno deixando seu corpo começa a ler a mensagem....
Zarcas perde o ar por alguns segundos, não acredita no que lê.
Sua mente começa a galopar..... E todo o resto se apaga de sua cabeça....Só existe esse momento, e tudo faz sentido.
Desviando sua atenção da carta, Zarcas olha para um buraquinho entre as rochas e ve o rabinho do Escorpião de fora.
Mas rápido do que um Falcçao-peregrino ela o puxa p fora de seu esconderijo, arranca sua cabeça e cospe fora. Ela gargalha observando ele morrer!
Assovia para Zentania, ele chega, ela monta e volta para o café para pegar suas coisas.
Gli italiani mi aspetti sono sulla mi strada!!!!!
martes, 17 de mayo de 2011
To whom it may concern....
Por que no tuviste el valor de ver quien soy
Por que no escuchas lo que esta tan cerca de ti solo el ruido de afuera
Y yo que estoy a un lado desaparezco para ti
No voy a llorar y decir que no merezco esto porque es probable que lo merezco pero lo no quiero
Por eso me voy
Que lastima pero adios
Me despido de ti
Porque se que me espiera algo mejor
Algíen que sepa darme amor
De ese que endulza la sal y hace que salga el sol
Yo que pensé nunca me iria que es amor del bueno
De toda la vida pero
Hoy entendi que no hay sufuciente para los dos
Que las lastima pero adios
Me despido de ti e me voy.
lunes, 16 de mayo de 2011
Quando ele chegou bem perto, ela virou seu rosto em direção oposta, fechou seus olhos e respirou fundo.... Ele, sutilmente foi escalando seus cabelos loiros explorando as curvas de seu corpo.
Ela estava sozinha, escondida naquela gruta distante do café, escondida de todos menos dele, e de si mesma.. Todos estavam celebrando o aniversário de El Justicero...
Ele parou, mais uma vez a encarou, ele levantou seus ferrões e sem mais demoras os cravou em seu braço. Ela abriu seus olhos, o sol entrava por uma fresta e iluminava seu corpo.....ela sorri....fecha seus olhos novamente, ele vai embora......
The end, the beginning.
domingo, 1 de mayo de 2011
Quem foi baleado? Quem baleou?
A um passo de seguir o exemplo de Zari e tirar férias do deserto, Zarcas que não foi ao Pueblo de Zelotas, carregou sua pistola mais uma vez.
Desta vez ela escolheu a pistola especial para aquela situação de risco. Lustrou-a durante alguns minutos, admirando-a e relembrando os crimes realizados com ela. Não foram muitos, pelo contrário..... Para tirá-la do cofre é que realmente a situação era arriscada. E esse tiro tinha que ser perfeito.
As companheiras estavam longe, El justicero também....
Ela confia na sua mira, mas se a bala não atingir o coração o estrago será avassalador. O Fantasma de Zapi ainda ronda o deserto...
Naquela noite dois tiros foram disparados....... Dois corpos estendidos no chão.... Zarcas apenas carregara sua pistola com uma única bala....... Não havia testemunhas no local do crime.
(To be continued....)
jueves, 28 de abril de 2011
Na paralela
Acho que mais uma vez nos separamos!!!
Vai na paralela.... e não volte sem descarregar tua pistola ahhh!!!
..........................zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
martes, 19 de abril de 2011
O Ano B!!!
Na noite passada ela descarregou sua pistola.
O detalhe é que as duas pobre vitimas não eram qualquer uma, e ele que não era mais Zapi mas ainda era Zai, viria para se vingar.
Mesmo com essa certeza no coração ela andava de cabeça erguida sem se amedrontar, foi quando olhou para o muro do bar de Sr Juarez e saiu em disparada.
A sede por sangue era tão grande que ela subiu em seu cavalo e galopou em direção ao Norte. Sentia o cheiro de sua companheira no ar e tinha a certeza que iria encontrar o misterioso café.
Ela cansou de esperar por Zermana que vergonhosamente abriu mão daquele deserto onde nasceu e a proporcionou momentos inigualáveis.
Cruzou Zov na estrada voltando em direção Sul onde se localizava a saída do deserto e a ela só deixou poeira p comer, não tinha tempo a perder.
Foi quando de repente avistou o tão esperado local.
Abriu as portas lentamente para não assustar a amiga que a tanto tempo não via e que estava a ponto de abandonar o café.
Apesar da imensa esperança que aquilo não era um sonho Zari olhou com um ar desconfiado. Não estava certa de que quem estava ali a sua frente era realmente quem parecia ser.....
Com as mãos tremendo pegou uma garrafa de Tequila olhou nos olhos daquela mulher e perguntou a única coisa que provaria que era realmente ela.
-- Vai uma dose ai?
A mulher com aquela expressão que já quase dispensava uma resposta afirmou........
-- Só se for dupla!!!
Zari atirou a garrafa n a parede e gritou!!!
Eh vocë mesmooooooo.
Abandonando aquela expressão durona, Zari abraçou Zarcas e juntas sacaram suas Pistolas e começaram a atirar imediatamente para celebrar aquele momento.
Zarcas estava mesmo ali e a força daquelas duas uidas era tamanha que compensaria a falta das outras duas.
Acalmado seu coração, Zari notou que os pés de sua companheira estavam descalços e perguntou.
-- O que significa isso?
E Zarcas respondeu
É uma longa história......
Zarcas avista o pobre plebeu de camisa azul que cantarolava ao varrer o chão do café e pede amigavelmente pelos seus chinelos. Ela os veste, sai em direção ao banheiro para tomar uma ducha e cai em um sono profundo para recuperar as energias.
Cavalgando a 48 horas pelo deserto, ela só tinha tirado uma power nap de 15 minutos em uma famosa oca de indios conhecida como Zurucum, que encontrou no meio do caminho.
Agora tudo fazia sentido e o deserto voltava a ser o mesmo.
Os Piratas ouviram os tiros e entenderam a mensagem...Eles nunca mais estariam a salvos.......
El Justicero vai acordando do cochilo porque as férias acabaram!!!!
(To be continued.......)
domingo, 17 de abril de 2011
O muro, a estrada, as férias Parte III
Foco em Zari andando de um lado para o outro, intercalando cenas dela tomando café e fumando um cigarro, com diferentes homens contando para ela sobre os novos crimes: todos com a mesma marca um Z na testa de cada homem. Algumas cenas ela ligando para a casa das pistoleras e não conseguindo falar. Cenas de choro de desespero.
Off
Zari já tinha perdido as contas. Todas as contas. Não sabia mais quantos homens tinham sentado naquele balcão e contado sobre os novos crimes pela redondeza, não sabia quantas vezes tinha ligado para a casa das pistoleras e quantas vezes tentou dormir e não conseguiu. Zari estava começando a achar que estava louca. Tinha saido do deserto, porque não acreditava mais que as pistoleras existiam, que era loucura de sua mente. E agora tão distante, vários homens contavam a mesma história, mas nenhuma delas atendiam o telefone. Zari precisava de férias. E disso ela tinha certeza.
viernes, 15 de abril de 2011
MARCO ZERO / O muro, a estrada, as férias / parte 3 / CENTROESTE
LUNES 22 DE DICIEMBRE DE 2008
Welcome to Las Pistoleras
viernes, 8 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
O muro, a estrada, as férias. Parte II
Cena 53
lunes, 14 de marzo de 2011
O muro, a estrada, as férias
Cena 44
Câmera do alto, desce para a rua principal do pueblo. Não existe ninguém na rua, nem cavalos, nem moscas. Existe somente um silêncio insuportável. Foco na casa vermelha recebendo o sol das 7 da manhã. O galo não canta. As folhas voam com o vento pelo chão, sobe poeira.
OFF com voz del viejo de deserto
Algum sábio dizia que era necessário olhar para o muro para saber se a história tinha acabado ou não.
E foi exatamente isso que ela fez:
Acordou, saiu de casa e foi correndo até o muro principal do pueblo. Rezando alto, esperava um graffiti bem colorido para acreditar que tudo não passava de um pesadelo. Mas sua orações foram poucas, foram mal rezadas, foram desnecessárias. No muro não tinha nada mais do que tinta fresca. Cinza. Nada mais triste do que ver algo pintado de cinza. E do cinza vieram as lágrimas de seus olhos. Veio o desespero, veio a angustia, veio o medo. A história tinha acabado. Não tinham mais personagens, não tinha mais vida e nem roteiro. Durante um outono e um verão inteiro só tinha sobrado ela no deserto, lutando sozinha com sua própria imaginação. Fazia um tempo que não exitia Kill Bill ou Matrix. Zari vivia simplesmente Clube da Luta. Todas as histórias eram frutos de sua própria imaginação. Mas o muro, caro leitor, o muro era a pura realidade. E às vezes, a realidade machuca.
Corta.
Cena 45
Zari carrega duas malas em direção a estrada. Ela sabe que precisa fazer isso sozinha, porque nem seu próprio cavalo existia. Já tinha parado de pensar o que realmente era realidade ou imaginação. Não queria nem pensar na hipótese que seu cavalo nunca existiu, muito menos que as outras pistoleras eram imaginação. Queria somente tirar férias disso tudo, e para tirar férias, precisava sair daquele lugar. Precisava partir.
Zari no meio da estrada sozinha segurando duas malas em direção ao pôr-do-sol.
Corta.
Cena 46
A noite cai, a Lua cheia aparece, um silêncio profundo interrompido pela canção das cigarras
- Meu bem - disse alto.
Estava com saudade de dizer isso. Estava com saudade de abraçar alguém, dar beijinhos na bochecha e fazer cafuné. Queria de novo, ligar para todos e avisar: estou apaixonada!
Mas não podia nem ligar para dizer que queria isso. Ligaria para quem?
Zari larga uma mala na estrada e segue apenas com uma.
Cena 47
Largada no muro da cafetaria fechada no meio da estrada, ela dorme, fingindo que sua mala era seu travesseiro. Dois homens, funcionários da cafetaria chegam perto dela.
- Dios! Mira esto, José! Otra puta para nosotros.
- Ahhh Pablo, creo que esta Puta fue atirada por unos hombres que la comieron por toda la noche.
Os dois caem na gargalhada. E na gargalhada acordam Zari.
Zari abre os olhos e vê em sua frente, dois homens fedidos, com cara de mexicanos do sul, um gordo e um magro. Os dói tem bigodes gigantes e fumam um cigarro sorrindo para ela.
Num piscar de olhos, Zari dá uma voadora no gordo, e uma rasteira no magro. Amarra os dois com os cadarços dos tênis como se fossem minhocas, rouba a chave da cafeteria e abre a loja.
- Nada mau. Já tenho um lugar para ficar.
Acende as luzes do lugar, abre as janelas e os armários. Lentamente, sorri com a nova conquista, pega um pote e sai da cafetaria. Olha para os prisionerios e fala:
- Otra puta para vosotros? Solamente se fuera tu madre, hijo de puta! Conoces las pistoleras?
- No, putana – responde o gorducho
- Pues aqui estoy y para esto necesito de tu vida.
- Nooooo por favor mujer, tengo dos hijos, soy padre de família.
Zari despeja o líquido nos dois, acende um fósforo e taca fogo.
OFF: No meio do deserto, não existe lei. A cena parecida com os playboys que tacaram fogo nos índios, não vai parar na mídia, porque no deserto não existe a mídia. Existe justiça. E nos dois casos, ninguém vai para a prisão.
Zari acende um ciagarro e observa os dois corpos queimando em sua frente, olha para cafeteria e sorri, já tem onde ficar.
Corta
domingo, 13 de marzo de 2011
MARCO ZERO - parte 2
el justiciero queria ser cangaceiro. queria ser samurai. queria ser nada.
queria ser ícone. e era. rei.
ninguém,
atravessado,
tsunami no deserto
sábado, 5 de marzo de 2011
MARCO ZERO
Não se trata da morte como fim de tudo, mas da faca na carne.
Justiciero ruma novas cidades sob o sol expressionista do entreguerras. Resolveu, de salto, sair. Zari estava sentada no meio de El Pueblo à espera das estórias. E não poderia mais contar com Justiciero. Agora, ele foge de El Pueblo. Não por medo dos homens - que conhece, nem pela fome – que come, nem pelo atraso – que caminha. Mas por outro motivo: mistérios já lhe enjoam. Cansou de estórias. Quer uma só História. Uma raiz. Nosso homem amadurece cedo.
Amanhece a manhã.
Afinal o que resta de El Pueblo? Aquela quase-vila sobrevive de raízes ou de mitos? De realidade ou de sonho? – Que seja de realidade, retruca mascado.
os homens daquela ex-pasargada caminham sob os chapéus entornados na mente esquivada. Evangélicos no trem. Protestantes. Católicos. Indígenas. Mulatos. Camuflam em cor marrom seus desejos. Seus anseios. Seus futuros. Vão: gado inconsciente.
O forasteiro sem orelhas foge, em busca da origem. Da raiz. Good bye. 6 km, mais 5, a vista vê. Voa o céu azul.
RESTAURANTE DO TOCHO.
Na cidade fria, uma meia dúzia de casas formando uma mearua. Aquele velho cenário de madeira empoeirada, dois três cavalos, uns moradores, o novelo cruzando a rua. Para o leitor, um clichê. Para El, um grande nada, igual a tudo. O de sempre. O finito. O mundo. Encosta o cavalo. Na varanda, um homem de 40 anos. O cachorro late pelo/contra o farasteiro. Prende o animal. Acena com a aba que lhe cobre o semblante. Entra, tira o chapéu, e pede o almoço. Espera enquanto ouve o rádio. Balcão sujo, repara. “Homem morre defendendo própria terra. 40 cabeças de gado são roubadas em Ticanos”. Come e sai.
Lá fora, um impresso:
“México contabiliza 30 mil mortes ligadas ao narcotráfico em 4 anos. Disputas entre cartéis de drogas pelo controle das rotas para os EUA e operações do Exército de Calderón foram responsáveis pelas mortes”.
- 30 mil, repete.
30 mil era um numero novo. El Justiciero estava acostumado com 5, 7, 14, 40 talvez. 30 mil, não. Algo que lhe escapara. 30 mil o que? Pessoas? Não seria Possível. Mas, enfim, portos outros. Não lhe diz respeito. Sua sabedoria residia em saber onde pisa os pés. Barata não travessa galinheiro. Monta o sólido cavalo. Acena. Bate as esporas. E vai. Mas ouve:
- Se segue pro leste, cuidado.
- Caldeiron, pensa
Cavalga o almoço sem pressa. Não há muito em que se pensar nos meios solitários e silenciosos do deserto. Leste? 30 mil? E. Em El pueblo, não havia dessas modernidades. Drogas, EUA. Massacres. A maldade, aqui, é uma curva na moralidade tão aguda quanto pode ser a da bondade. A audácia é uma pedra tão grande quanto um homem pode carregar. Não mais. Era um caipira pré-bomba atômica. Afinal, de que precisa um homem senão apenas de comida e lugar para dormir? Lá atrás, não havia leis. Homens são cabras. Não lhe encaixa a cabeça. O novo mundo não lhe diz respeito, conclui. Não diz nada. Não significa.
Mas era novo.
Claro. Claro. Em preto e branco estourado, claro. Claro amarelado. Claro esverdeado. Claro nem tanto. Ondulante clara a luz mareia o deserto. Se a serpente diz não coma, não coma – seduziu-se. E rumou para além do Édem. Longe dos padrões. Das não-leis. Das Pistoleras? Longe de si.
LESTE – parte 2 (continua)
miércoles, 23 de febrero de 2011
Um dia sem roteiro
- O que está acontecendo aqui? pergunta Zari um pouco nervosa
silêncio
- Cadê todo mundo? continua perguntando sozinha
silêncio
- Onde colocaram meu roteiro? Não sei o que devo fazer agora!!!!
silêncio
Zari irritada, anda de um lado para outro, tentando desviar do vento. Senta no chão com pernas de indio e acende um cigarro. Olha para o relógio, balança os pés, dá mais um trago e joga o cigarro longe. Levanta, limpa a areia da roupa, arruma o cabelo, e olha para o relógio. Anda para um lado, olha para trás, acha estranho nenhum movimento, anda para outro lado.
- Alguém aiiiiii? pergunta zari com mais calma
silêncio
- Isso só pode ser coisa sua né diretor? grita zari
- Minha e do roteirista. responde calmo o diretor
- E posso saber por quê? pergunta zari
- Claro que pode, minha linda, porque você repetiu a dose!!!
- hummm
- Quem mandou repetir a dose? Agora tá ai sozinha, abandonada, procurando cenas para fazer mais vítimas. Será que não reparou, Zari? Que todo mundo está descansando, armando planos para fazer uma puta matança??? E você está ai sozinha, sem planos, sem rumo, querendo atirar em qualquer idiota, só para contrariar o roteirista e me encher o saco!??? Valeu a pena repetir a dose e contrariar de novo eu e o roteirista?
- Valeu só por um motivo!
- Qual?
- Pela experiência. responde sinceramente zari
- Zari, você sabe me dizer onde você o encontraria hoje?
- não.
- Entendeu agora porque eu e o roteirista não queríamos que você atirasse nele? Jamais colocaríamos um marujo, pirata ou mesmo sapo no roteiro que não saberíamos onde ele estaria agora.
- simmmmm, fala zari com olhos cheios de lágrimas.
- Zari, o melhor que tem a fazer, é ir para casa dormir, descansar. Daqui a pouco a festa no deserto vai chegar e você terá um plano incrível, prometo. Estamos preparando uma grande matança.
- Diretor?
- Oi Zari.
- Posso te pedir uma coisa?
- Claro, Zari
- Foca nuns piratas bem nerds e coxas da próxima vez?
- Olha Zari, vou pensar no seu caso, mas se mudarmos o foco dos piratas para você, vamos perder o ibope.
viernes, 21 de enero de 2011
Até onde você manda?
jueves, 6 de enero de 2011
E lá vamos nós
Os fogos anunciavam que 2011 já tinha chegado no deserto. Zari, bêbada, segura fortemente seu espumante. Olha para o lado direito e vê Zezão olhando os fogos. Ela caminha tortamente até a pistolera e sussura em seus ouvidos:
- Zezão, se eu te contar um segredo, você não conta pra ninguém?
Zezão respira e olha nos olhos de Zari.
- Pode.
- Eu derrubei minha arma no copo de tequila.
- hahahahahahahahhahahahhaa
Zezão abraça Zari e juntas caminham até o pueblo vizinho. Pensam nas outras pistoleras espalhadas pelos desertos distantes, procuram el justiciero, cruzam com o mestre dos magos e ele anuncia:
- 2011 é o ano das pistoleras. Os pueblos que se cuidem.
As pistoleras comprimentam o mestre e partem para a estrada... com sede de sangue.