lunes, 18 de enero de 2010

Em pleno janeiro, na rua principal do pueblo: o corpo estendido no chão!

Três tiros, um seguido do outro, disparados pela pistola de Zari. Estava sozinha, parada, de costas para o pueblo na rua principal. Além disso, falava também sozinha. Já era um sinal. Zari não estava muito bem nessas últimas semanas, estava cansada, exausta, triste, ria apenas por rir. Nas festas não permanecia muito tempo na pista. Realmente ela não estava bem, o pueblo já tinha notado e agora ela falando sozinha e atirando para o horizonte, estava mais que comprovado: Zari já não era mais a mesma.

Seria necessário o abandono do deserto? Rasgar o passado como folhas e jogá-las no lixo?

Nem Zari sabia.

Zari andava de um lado para outro segurando numa mão uma garrafa de tequila e na outra uma espingarda.

Justiciero saiu do bar a procura da vítima no chão. Não encontrou nada além da sombra e da voz de Zari:

- No quiero más. Porque no lo suporto más. Necesito de ayuda! Ayudameeeeee porfa!!! - Grita Zari caindo no chão.

El Justiciero corre até o corpo de Zari e começa a tentar levantá-la. Uma tarefa quase impossível quando se trata de uma pistolera completamente bebada aos prantos querendo se entregar ao chão.

- Vamos cielo, fuerza!
- No quiero, sueltame! Hijo de puta, Justiciero Hijo de Puta!
- Agora vai descontar toda raiva deles em mim?
- Si Cabrón!!! Tú eres del mismo equipo! De los hombres, de los piratas, de los marujos, de los mascarados! Todos unos mierdas! No quiero más y punto! No quiero más los piratas, tan poco los marujos, y tan poco los pistoleros. Nadie!
- Sofre de ausência, Zari. Isso já vai passar. O sol vai brilhar e você vai querê-los de volta, tenho certeza disso, sua pistolera safada!

Na esperança e no conforto, Zari adormece ali, no meio da rua principal do pueblo. El Justiciero se levanta mais aliviado, deixa o corpo da pistolera ali bem no meio. Sabia que esse era seu último desejo daquela noite. Ele continua andando em direção ao bar contando as flores dos cactos, olha de longe a casa das pistoleras e vê a festa. Pega a direita e entra no bar.

- El Justiciero? Quem foi baleado?
- Zari!
- Como a Zari? Baleada? Por quem? Não é possível.
- Claro que é. O corpo tá estendido ali no meio da rua.
- E quem atirou?
- A mente dela. Foi fatal! Amanhã deve estar melhor.

3 comentarios:

Zarcas dijo...

Zari Zari Zari!!!!! Ta doida ta!!!!!Abandonar o deserto??? Suicidio na certa. Calma te respira e toma um gole de tequila que passa, eu prometo que passa! Isso que da fica muito tempo longe da madrinha...Vamos nos ver porra!

Bi dijo...

bueno Zari

Mari dijo...

acordei, já. diriamos que acordei olhando a vítima e pensando atiro no peito ou no cerebro??? Por pouco. precisamos fazer uma festa p/ o batizado de zibi e de zelé! zraaaaaaaaa