viernes, 22 de enero de 2010

Em pleno janeiro, na rua principal do pueblo: o corpo estendido no chão! Parte III

O corpo que cai por exaustão de motivos de ficar de pé, cai mais pesado, e pesa como um pedaço de carne, carne crua, carne dura, carne escorregadiça. A carne caiu sobre o corpo, e o corpo, sobre a cabeça, e a cabeça sobre os motivos, e ficaram todos esmagados, com tomate entre as dobras das partes, e as partes, já não sabia-se onde começavam umas e onde terminavam outras. Era uma metáfora feito fato dado rolado na mesa, à sorte de virar um cinco ou um seis, ou, por azar, um um, e alguns tuns rolados, caiu justamente no.



Zari não sabe, mas aprendiz de todos, é a protagonista da ficção. Inaugura o cenário, joga aos companheiros a oportunidade, e junto no jogo, joga as espectativas. Jogou e, dessa vez, sem sorte, caiu um.



- Por carência, não! Não vá por esses lados que de melodramas bestas o mundo tá encharcado, diria alguma das pistoleras ou Justiciero, mas, embebecidos em cotidianos assuntos, não lhes sacudiu a cabeça a hipótese de que o assunto era sério, e seguiram, cegos, seus caminhos mambembes como que estupidamente ilhados em seus próprios egos – embora não fosse exatamente isso, mas, sobre a nítida e falsa superfície aparente, o fosse.



Zari finalmente teria que andar pelas próprias pernas e separar o joio do trigo. O dissernimento que as situações mais frágeis pede ao espírito quando se está frágil é tão peculiar que pode parecer vinho mas descer ácido pelo estômago como vinagre. Água e tekeño, isso é ausência, óbvio que era, mas o que vale mais, mais uma aventura bala-furada ou uma história pela culatra. Bebeu água.



Embora todo o significado enroscado do submundo novelesco aqui tenha como síntese um verbo, o verbo atirar, o mesmo verbo carrega em si uma falsa aparência aventuresca. A diferença entre um épico e um espaghetti é tão melindrosa como a rasteira de um velho mestre de capoeira. Vai-se por um lado, para desemboar de outro e no fim, bem, esqueceu-se e caiu.



Não é propriamente o tiro que define a ação, mas a definicão de o que vem antes e, princalmente, depois. O tiro, em si, é a consequência fatal de fatos sem importância bem encadeados. Se lhe cai os significados é porque lhe caem os pequenos trechos e, por essa viela, não vá – mesmo que com pontaria certeira.



Mas, meio que de repente, as coisas começam a retomar seu signicado, como quando se acorda de manhã e o dia já é outro. Como quando o dia já é novo.