lunes, 23 de mayo de 2011

O muro, a estrada, as férias Parte IV

Cena 98

Zari está deitada sobre o balcão, levanta o rosto como se tivesse dormido umas três semanas. Aos poucos, se alonga e sente dores no corpo. Limpa a baba deixada no balcão e na bochecha. Olha em volta e não vê ninguém. O café está fechado. Mal sabe que horas são, procura relógios pela parede, não acha, sente um pouco tonta, desnorteada. Recorda que está morando no café, olha para o telefone, depois para o fogão, volta o olhar para o balcão e vê dois copos de tequila vazio e uma garrafa da bebida pela metade. Lembra vagamente que Zarcas tinha aparecido por lá, tinham bebido aquelas doses de tequila e depois.... e depois.....

- Que branco nessa minha memória - berra Zari
- Mas que merda é essa? Não consigo lembrar o que fizemos depois da tequila. continua Zari - Eu só posso estar louca! Isso foi um sonho. As pistoleras não existemmmmmm - berra mais uma vez, com intervalos de choros.

Zari derruba tudo do balcão, sai correndo de novo e para na frente do telefone, respira fundo, e liga outra vez para casa das pistoleras, toca, toca e ninguém atende.

- Merda - berra ela. Mas que diabos, estou ficando louca, muito louca. Isso é coisa sua? - pergunta ela ao diretor

silêncio

- Isso é coisa sua, diretor? - berra ela novamente com rosto todo vermelho de tanto gritar

- Isso é coisaaaaaaaaaaaaa suaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, diretor de merdaaaaaaaaaa? - grita novamente agora caindo no choro profundo.

Sobe a câmera, mostra o corpo de Zari estendido no chão, chorando sem ar.

Corta

2 comentarios:

Zarcas dijo...

Que elas existem elas existem....A pergunta é.....será que elas se encontrarão novamente!!!
Esse diretor de merda não pode apagar a ultima vez que nos encontramos não vem não seu merda! Eu jã sei quem é o diretor.

Mari dijo...

quem?