O vento vinha acompanhado com o cheiro de chuva. E isso só significava uma coisa para Zari: provocação.
Sentada num bar na rua transversal da rua principal do pueblo, Zari bebada, levantou da cadeira e resmungou:
-Hoje estou afim de provocar!
El Justiciero, ainda vivo, estava sentado na mesma mesa de Zari, e óbviamente, caiu na gargalhada:
-Oras bolas, Zari. E quando vc não está afim de provocar alguém?
Zari bebada, sentou na cadeira fazendo cara de santa. Ela tinha entendido o recado. Mas quem realmente não tinha entendido o aviso, era o tal do vivo o muerto, el justiciero.
Depois de segundos, El se levantou acusando que tinha um compromisso no pueblo ao lado. Se despediram com promessas de um rencuentro mais tarde. Porém, Zari sabia, o compromisso era mais que um compromisso, e sabia que apartir daquele momento, era apenas ela com as outras pistoleras e Zoug, o novo companheiro do deserto.
Arrastaram-se para a casa mais próxima para armar o plano, Zari flamenqueava com Zeborah em plena sala. Arrumaram-se, perfumaram-se para o crime.
Mas que crime, perguntaria o leitor.
Para um crime de mau gosto, daqueles que nem se o leitor apostasse, acertaria. Daqueles que Zari jamais faria. Mas com a arma apontada no peito de um pirata quase marujo, o diretor levanta e caminha até a cena, chega bem perto de Zari e pergunta:
- Zari, você tem certeza?
- Tenho.
- Zari, vamos lá, vc está um pouco bebada demais....
- Eu tenho a certeza...
- Zari?
- Ele tem contatos, diretor.
- Zari?
- Ele não tem nada a ver comigo, eu sei. Mas me deixa livre pra eu atirar em quem eu quiser? Só uma vez?
- Zari, vc sempre esteve livre para atirar em quem quiser.
- Ah é? Então vc acha que todos que enterrei na década passada eram psicos porque simplesmente eu escolhiiiiiiiiiiiiii? Vc está dizendo que sou eu a psico que escolho sempre os defuntos errados, diretor? É? É isso que vc quer dizer?
- Zari, abaixe sua arma. A vítima é aquele ali, e não eu. E na década passada, você escolheu só os psicos, porque não teria graça nessa novela mexicana. Alguém ia ter que pegar os psicos e o roteirista escolheu você. Isso é um papo entre você e ele. Eu só dirijo.
- Grande merda. Pois hoje eu escolho, diretor. E não será você, porque não tenho um mau gosto, assim, por isso, vou retornar a cena e matar no peito esse pirata marujo.
- Então mate. Só não venha chorar depois.
- Diretor, faz o seguinte? Convence o roteirista que depois de tanta merda no roteiro, eu vou pegar aquele capitão de jeito, aquele que me derrubou no chão por quase um mês. E enquanto isso, eu vou provocar esse marujo idiota. E saia da cena, agora!
O diretor abaixa a cabeça fazendo não e começa a andar para fora da cena. Olha para Zari e fala baixinho:
- Você é mto teimosa, Zari.
Cena 4 gravando
- Marujo, onde paramos mesmo?
- Nossa, que surreal, parecia que alguém tinha apertado o pause, sabe?
- Sei, isso acontece quando um idiota de um diretor invade a cena para te dar conselhos mais idiotas ainda.
- Diretor? Zari vc bebeu demais?
- Não marujo, não bebi demais. Agora olha p/ mim.
skajhubhcviojc nnbc ibhvcuhihvc hnihfdijsiojoxkod
Um tiro certeiro. Sobe e desce sangue por todos os lados. Zari continua olhando fixamente apenas para o diretor. Solta o corpo do marujo, guarda a arma no bolso e caminha para fora da cena.
2 comentarios:
Muito bem Zari assim que se faz, sem medo de ser feliz, e tiros assim nunca recocheteam e se voltam conra nos. Harmless!!!!! Well done! Mas passa o nmero do diretor que eu senti um clima disque esfiha no ar! Love u.
hahahahahahhaahhaahahahahahahahahahaa.
Disque esfilha, incrível. Sai com o diretor ontem, me levou até a mina dos navios parados no meio do deserto.
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