No pós-silêncio da ausência da luz, eu acordei. Senti o cheiro da vida trazida pelo vento. A falta de luz em quase todo país do México foi um tapa na cara. Um não. Dois. Um seguido do outro. Era óbvio que por trás disso tudo, estavam as pistoleras. Um puta plano, uma puta batalha, um lindo golpe no escuro. E onde eu estava? Bem longe. Sentada em algum banco do deserto lamentando a dor, o amor. Essa coisa melequenta, que quando alguém ama, adora se melecar mais. Muito mel, muito açúcar, muita geléia e muito algodão doce. Cadê a porra do ketchup?
No breu, sem luz no fim do túnel, voltei a pé para el pueblo. Voltei chorando, sussurrando e engasgando. Recusei o pacote de bono. A cada cacto, nenhuma flor. O escuro, o medo, o fim. Foi triste, ô se foi. Lição: jamais pedir para qualquer um atirar no coração de uma pistolera. Antes de entrar sozinha no pueblo, eu precisava enterrar com as minhas próprias mãos aquele corpo ensangüentado que vinha arrastando estrada abaixo. ZZ está morto. Estaqueado pela minha ansiedade e pela sede da dor. Sem caixão, sem número, cavoco um buraco qualquer e coloco o corpo. Terra, flores, água.
Pela rua principal, todos me olham. Eu voltei. Triste, mas com sede de matar, herida pero no muerta! Quase no ponto de saborear com a própria língua os sangues das próximas vítimas.
No breu, sem luz no fim do túnel, voltei a pé para el pueblo. Voltei chorando, sussurrando e engasgando. Recusei o pacote de bono. A cada cacto, nenhuma flor. O escuro, o medo, o fim. Foi triste, ô se foi. Lição: jamais pedir para qualquer um atirar no coração de uma pistolera. Antes de entrar sozinha no pueblo, eu precisava enterrar com as minhas próprias mãos aquele corpo ensangüentado que vinha arrastando estrada abaixo. ZZ está morto. Estaqueado pela minha ansiedade e pela sede da dor. Sem caixão, sem número, cavoco um buraco qualquer e coloco o corpo. Terra, flores, água.
Pela rua principal, todos me olham. Eu voltei. Triste, mas com sede de matar, herida pero no muerta! Quase no ponto de saborear com a própria língua os sangues das próximas vítimas.
3 comentarios:
Zari Zari Zari, sera que terei que retornar do deserto Argentino para te relembrar o que significa ser uma Pistolera????? Ai ai ai afilhada, A DOR FORTALECE, O PROXIMO TIRO SERA QUE NEM O GOL DO GORDUCHO FORA DA AREA.Love you
Toda pistolera, toma tombos....e a cada um ...se levanta mais forte e com mais vontade ....
por isso ...deixa rolar .... qdo vc menos esperar...a ZARI aparece dentro de vc, como antes ...ou até melhor !!!!!!
Ahhhh Zari... esses piratas do deserto serão aniquilados pela fuerza bruta que jorra de nossas veias... sufocaremos um a um, devagarzinho... podemos arrasta-los as seis da tarde presos por uma corda no calcanhar, amarrados ao carro as seis da tarde e iremos da v. mariana até o tatuapé sexta as seis da tarde... agora se vc quiser... muchos muertos... pocos heridos...
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