lunes, 19 de enero de 2009

O Passado de El Justicero

No deserto, uma história nunca acaba quando termina...




O horizonte laranja amarelado espraiado no horizonte repousado sobre si mesmo anunciava uma tragédia. Quando o deserto está silencioso demais, sob a falsa aparência de preguiça, sob um chapéu, esconde-se o olhar, e, sob o olhar, uma mente acordada, um falso sono, uma falsa desatenção. No méxico, até os mexicanos são falsos.

O personagem que entra na história, esfumaçado pelo calor que sobe da terra quente na linha ondulada no horizonte, tem um passado rouco e seco enga(rra)sgado goela abaixo, e uma ou duas paixões perdidas assassinadas a facadas, sem o glamour de um Charles Bronsom, com o sangue falso de um molho pré-pronto temperado. Nosso herói é um Charles Bronsom cujo tiro saiu pela culatra. Um ator sem câmera.

Mas não se engane. El Justicero não cai com um assobio. Não cai com um tiro. É vaso ruim. Cai e não quebra. Cai, de novo, e, de novo, não quebra. Já caiu 1000 vezes. E não quebra. O sol traiçoeiro do deserto calejou seus pés, sua psicologia e seu coração. E, de novo, não se engane.

Esse cão em forma de homem e esse homem em forma de cão não tem amigos, nem história, mas tem raízes. Sua força é sua tragédia. Sua força é seu povo. Sua memória é um deserto aberto em uma só cor derretendo no encontro com o horizonte. É um quadro. Não tem verbos. É silenciosa e solitária. Sem fim, sem passado, sobre um cavalo tão ruim e calejado quanto o dono.

No seu estômago corre seca a mesma acidez de Pueblo. Acidez de 1000 cigarros fumados em sequência, sob o sol de 1000 kg. Acidez redundante e redemoínica que tempera a pele dura de seu povo.

Um p(r)o(f)eta urbano dizia: “Tenha fé pq até no lixão nasce flor”. E nasceu.

18 de janeiro, 2009, sol de 1000 kg, Bar La Princesa de la Marguerita, homens bêbados silenciosos mascando tabaco, luz de lamparina, cheiro de pó, arroz e farinha, entram, uma a uma, entreabertas as portas ruidosas, sol no saloom: zrá zrá zrá. Atacadas por coyotes, sujas e de roupas rasgadas, suadas, sugadas, armadas, arranhadas nos seios jovens, e sérias, sérias de tão secas, e sensuais...

- Água.

A fome de tudo que sentiam aqueles mortos de fome poderia ser saciada ali, com aquele banquete de tempero doce e liso.

- Cielo, no queres...

(Tum!)

- El próximo maricom que decir uma mierda que sea, cai muerto.

Silêncio novamente. Mas, desta vez, outro silêncio. Não o silêncio sem resolução que sonorizava a vida no deserto. Um silencio inquietante. Som de água no copo. Copo na mesa. Copo na boca. Água na boca, no rosto, no corpo, nos seios, nas coxas. Tudo, multiplicado por 3. Gostosas...

- Chicas, donde vienem?

(Tum!)

Cai morto o coitado que, a primeira vez que viu a medusa, virou pedra.

Na sequência, um a um, foram virando pedras secas para coyotes.

Sobrou El Justicero que, sequer, olhou as chicas, respeitando o climax que instauraram no ambiente. Ele, cão do deserto, sabia que “quando o deserto está silencioso demais, sob a falsa aparência de preguiça, sob um chapéu, esconde-se o olhar, e, sob o olhar, uma mente acordada, um falso sono, uma falsa desatenção”.

As 3 se sentaram em torno dele e disseram:

- Vem conosco?

Ele, como se previsse a pergunta, disse:

- Não.

As 3 se levantaram, e saíram, deixando para trás, 4 corpos ensangüentados e El Justiciero, o cão do deserto, esfaqueado no coração com 3 estacas profundas.

No deserto, leitores, tudo o que é sólido, se desmancha no ar.

16 comentarios:

Mari dijo...

brilhante, como sempre foi. O Justiciero, o único que ficou realmente brother, o teu passado, o nosso passado que vira presente num click.

esse sábado e esse domingo foram demais! gracias!

Anónimo dijo...

Uma pistolera nao precisa de um homem para ajuda-la se defender.....mas um justiceiro desse...... nao da p recusar!!!

Mari dijo...

zrá zrá...

não dá mesmo para recusar.

Ven con nosotras, porfaaaa!!!

E vc Zarcas, volta logo!!! O deserto tá ficando grande demais!! zrá zrá

besos

Anónimo dijo...

Vocês precisam de Deus pobres coitadas encalhadas, vão para a igreja!

Anónimo dijo...

Uma Pistolera pode ser chamada de muitas coisas......menos de encalhada meu amor!!!!!!!

ZEZÃO dijo...

hahaha ...só rindo p aguentar um comentario desse né !!!!

Anónimo dijo...

ZRA ZRA ZRA ZRAAAAAAAAAAAAAAAA! QUE PUEDO DECIR ZZZZZZZERMANAS??? UNA PISTOLERA SERA SIEMPRE UNA PISTOLERA!! Y EL JUSTICIERO ES EL MEJOR CABRÓN DE TODO EL MONDO!! TE QUIERO HOMBRE! TE EXTRAÑO! Y AMO LAS PISTOLERAS! MIS HERMOSAS ZERMANAS! BUENA SAMARITANA VA-TE A LA MIERDA POR DIOS! O TENEMOS QUE ENFIAR TUS FUÇAS EN LA MIERDA? BESITOS EN TU BUNDA, ZERMANA

Anónimo dijo...

SÓ MAIS UMA COISA: PUUUUUUUTA QUE O PARIU!!! SEMPRE SUA FÃ....SEMPRE MEU ÍDOLO...VC É FODA MANO!!! ZERMANA

Anónimo dijo...

Ô sua "BOA SAMARITANA" de merda, só me responde um acoisa: se não curtiu o blog pq não vai pra puta que te pariu e para de encher o saco??? Quer saber? Essa aí é fã número 1!!! Faz questão de ler todos os textos e comentar...caralho mano, que mina chata!!!! Deve estar sonhando com o BLOG AMALDIÇOADO todas as noites...puta que pairu mano! A sensura já foi derrubada, liberdade de expressão!!! e QUEM NÃO QUE NÃO LÊ E VAI SE FUDE!!!

Anónimo dijo...

Na gíria popular:
PISTOLEIRA = PIRIGUETE

Zefa dijo...

Oh dó. Apenas esqueceu que nós não temos o "i". Somos pistoleras. Procure no dicionário espanhol o que significa, meu amor.

Anónimo dijo...

Te falta ironia, sua topeira. E se o "i" é problema quando incluso na "sua" palavra, o colocarei na minha nova: PIRIGUETI
ps: antes que eu me esqueça: dicionário de cú é RUELA !

Mari dijo...

Fofo, durma bem todos os dias. E reze para que a tua mulher não volte para o deserto. Pq ela sempre foi e sempre será pistolera, das nossas.

Bang, bang amor!

ZEZÃO dijo...

que ignorancia ...é mto simples,.... quem não gosta não participe do blog . ninguem cahmou vcs para participarem ..estão lendo por livre arbitriu!!!
vai procurar algo melhor p ler Filhinho .... vai procurar suas piriguetes na sua casa ....
se vc não entende o q significa ser pistoleira o problema é todo seu !!!!
Vai procurar o q fazer isso sim !!! e vai enchero saco de outra pessoa !!!

Anónimo dijo...

Vou ajudar vocês a encontrar Deus! Mas primeiro terei que indicar um dicionário pra vocês pistoleras analfabetas. Censura é com C e arbitrio é com O. Talvez por isso que vocês tenham que ser pistoleras, não tiveram instrução suficiente pra arrumar um homem. Beijos gatas !

Mari dijo...

A gente não arruma, a gente mata!