martes, 12 de noviembre de 2013




Era uma tarde quente, como qualquer outra, num deserto tosco. Abri a porta de casa como se não houvesse amanhã, puxei o ar que não veio, caminhei até a frente de casa, deitei no chão e permaneci como uma porca a milanesa. Vestia uma roupa molhada e grudada no meu corpo também tosco. A ausência era tosca. E a saudade também seria. O ar que não veio, a dificuldade de respirar num ambiente lotado de areia. Tosco. Irônico seria se a minha vida também não tivesse tosca. O cansaço, o calor, a ausência e a merda da saudade. Que saudade é essa, meu Deus? Uma vez pistolera, o resto vocês já sabem. Aos prantos, com a morte certa, caminhei até o esqueleto de justiciero, me entreguei ao chão, abracei os restos del justiciero e pedi para a morte chegar. Uma morte tosca, mas com um sentido.