viernes, 17 de abril de 2009

chupa essa manga!

10 e 7 sao 17
com mais 7, 24
poe mais 7, 31!
tenho 3 pistolados
mas nao peno por nenhum!

miércoles, 15 de abril de 2009

Whisky sem gelo

Depois de 10 doses de whisky com guaraná, me debruço no balcão. Eu não quero sentar e muito menos alguém para me carregar. Qualquer coisa eu grito Zaisca e ele vem correndo. Com a visão um pouco distorcida, aparece só uma pessoa na minha frente: Zela. E o que ela faria aqui, se já não pertence mais ao deserto? Antes de terminar a pergunta, ela me responde:
- Pudim de leite!
- Como?
- Vernissage!
- Hoje?
- Fiquei com vontade!
- Na vernissage?
- De pudim de leite!
Volto a me debruçar no balcão. Estoy borracha para escuchar alguna cosa. De olhos fechados, escuto passos cada vez mais perto de mim. A mão é colocada em meu ombro e ele sussurra em meus ouvidos:
- Amor de mi vida ....
Um tiro e o corpo do ferido segura fortemente no meu. Com seu peso e com minha embrieguez, caimos os dois no chão. Não tenho forças para abrir meus olhos e as únicas coisas que sabia até então era:
* Eu não estava armada!
* O bar estava fechado!

miércoles, 8 de abril de 2009

A Saga Sem Fim

Continuará ou será seu fim?
Por quanto tempo é possível arrastar sentimentos pela areia do deserto?
Por quanto tempo tempestades de areia, que deveriam cobrir tudo, vão continuar mostrando feridas e ressucitando desejos escondidos?
Quem serão os mortos?
Quem serão os feridos?
Uma pulga atrás da orelha tira o meu sono...
Ao mesmo tempo que enterrei um passado esclarecido, desenterrei um presente mal resolvido!
Um fantasma me persegue... Ganancioso Graal!
Sua ganância me consome e seu sossego não me sossega! Sonhos inquietantes...
Num lapso de razão surge a resposta... Ossanto Omem!
Traz a paz e a alegria! A angústia fica para trás! Um relance de felicidade e de esperança de que há um mundo desconhecido em frente aos meus olhos, logo ali, abrindo a janela e deixando o vento entrar!
Ovento... Quero esse novo mundo! Quero essa nova vida!
Curar as feridas de um tiroteio que teimo em entrar...
O que será então?
(continua)

sábado, 4 de abril de 2009

"A tragédia de El Pueblo - Parte V" ou "A morte das Pistoleras"




- Suas vagabundas.
- ...
Dom Sebastian caminha lento sob o sol raspando a sola no chão. Segura o chapéu, olha relógio, 16h30. Observa seus soldados entrarem no boteco vazio ao lado e sentarem. A cidade, vazia, cheia de corpos mortos, observa calmamente o início do fim da tarde. 204 assassinatos. O calor invadia os ambientes internos e acelerava a decomposição dos corpos. Um cheiro de comida podre desafiava o estômago dos homens. Na cabeça deles, não passava nada. Tomavam café como mercenários após o trabalho concluído. Aguardavam, sem alma, a recompensa em forma de cargos no novo governo de Dom Sebastian.

Junto com os soldados, o povo, foragido de si mesmo, ao longe, ciente do banquete amargo, preparava-se para ser governado por Dom Sebastian. Trocavam informações e aflições sobre ao que seria que estariam destinados. O assassinato das Pistoleras tinha significado claro para El Pueblo. Toda a cena tinha sido montada para uma única coisa: deixar claro para aquela gente magra quem mandava agora naquelas terras. E a mensagem foi transmitida. O capitão de arestas precisas e frias fincara-se naquela areia sem fim para sempre. Seus filhos e os filhos de seus filhos conduziriam a história de El Pueblo por algumas décadas. De agora em diante, este blog fica em suspenso. Ou acabará. Mesmo que alguém poste algo após este ocorrido, será destituído de significado, de força real, de convencimento. Até um novo herói aparecer, a poesia deste povo estará hibernando. Assim como comida, um povo um povo come poesia. Sem arte, um povo não persiste, não existe. A cultura come signos, almoça poesia. Sem o universo fantástico, El Pueblo deixa de ser El Pueblo a partir de agora. Passa a se chamar “Novo Governo Democrático de Chiapas”. Com a morte das míticas meninas, ninguém é capaz de reverter o domínio de Dom Sebastian. Com as Pistoleras, El Pueblo despede-se de qualquer esperança. O chão seca de açúcar e não mais florescerá algo que não seja banana e cana para exportação.

Dom Sebastian, o homem, o rei, o vitorioso, o centro de todas as forças políticas, o monopólio econômico, digeria uma gordurosa sensação de satisfação. Evitava olhar a comida desperdiçada, os corpos espalhados, mas, quando o fazia, deliciava-se forçosamente com o clímax de violência e poder que instaurara. Trata-se de uma sensação de poder vertiginosa que, apesar de sobre-humana, não alterava sua fisionomia, rude e elevada.

Mas aquele denso odor pulsante insistia em adentrar sua consciência e ele se sentiu mal. Sob um sol pesado, vomitou repentinamente no meio da rua. Um pouco daquele suco vistoso caiu sobre o corpo de uma pistolera e respingou na calça de seu terno. Pegou um lenço e limpou a calça, e abaixado, observou o rosto travado de olhos abertos uma pistolera a meio metro de distância. Quis sentir desprezo, mas a cena macabra lhe assustou levemente. Pareceu-lhe um fantasma. Teve a sensação que aquele corpo poderia retornar à vida repentinamente e olhar em seus olhos ou pegar na sua perna. Afastou-se com dois passou para trás sem tirar os olhos da pistolera. Aquela cena atormentou sua auto-confiança e fez aquele homem sentir-se ilhado em sua própria pretensão. Ficou desconfiado. Por segurança, apoiou a mão na sua arma que estava presa na cintura. Estava ofegante. A luz do dia fraquejou, escureceu sua visão, sentiu-se tonto. Aquele corpo sujo de sangue e vômito estava lhe encarando de olhos abertos. Ele não conseguia suportar aquela cena, mas ficou com medo de virar as costas àquela pistolera. É como se ela fosse levantar-se e mata-lo pelas costas, como ele havia feito. A tragédia que cometera estava calmamente descansando na tarde, aguardando o sol descer e aliviar o calor. Aqueles corpos desfrutavam de uma paz que ele não tinha. Aqueles mortos tinham algo que ele não tinha. Ao mandar para os infernos aquelas pessoas, mandara, com elas, sua tranqüilidade e sua paz. Sentiu raiva dos corpos. Quis matá-los de novo. Queria sair atirando em todos. Certificar de que estavam mortos. Despejar sua raiva por não ter a paz que eles tinham. O) antídoto para sua loucura era mais loucura. Estou ficando louco, pensou. Procura focar-se, percebe a vertigem e tenta centrar-se. Lentamente, vira as costas para voltar ao bar. Mas, estranhamente, quando começa a andar, ouve, bem baixinho, um voz que diz “filha da puta!”. Não era possível! Para e presta atenção. A voz cessa. Mas ele tem medo de virar-se. Convence-se que está louco e que estava ouvindo besteiras. Apavorado, retorma os passos em direção ao bar quando, repentinamente, a voz retorna “Filha da Puta!”. Ele reage como um louco, assustado, como quem entra feito um suicida no meio do fogo cruzado de um tiroteio, mas, nesse caso, a rua estava simplesmente vazia e silenciosa, o tiroteio já tinha ocorrido e ele parecia um louco. Saiu atirando nos corpos errantemente aos gritos. Ta, ta, ta. Findam-se as balas. 6 tiros. Ele volta o olhar para o olho de Zarcas, ensangüentada e vomitada. Pá. O olho dela estava direcionado exatamente ao dele! Ele estranha. Tenta lembrar se aqueles olhos estavam voltados àquela mesma direção de antes. Sente que ela, morta, está lhe olhando. Começa a se aproximar dela e, de repente, ela vira o olhar e se atira sobre uma arma, enquanto ele, lutando contra um fantasma, atira na pistolera, mas em vão. Estava sem balas. Isso dá tempo para Zarcas pegar a arma e, antes que ele entrasse foragido no bar, acerta um único tiro na parte de trás da cabeça de Dom Sebastian, que, 5 minutos após ser o homem mais poderoso e rico de El Pueblo, cai feito presunto na entrada do bar e derruba consigo um belo terno e o que seria o “Novo Governo Democrático de Chiapas”.

Os soldados saem à rua e vêem o corpo de Dom Sebastian à bolonhesa. Olham rapidamente para a rua para encontrar o responsável pelo assassinato e, pronto, mais 4 mortos. Zarcas levanta-se cambaleante, acode as amigas atrizes, e, enquanto as outras se levantam da farsa, ela passa pela porta do bar não sem antes mandar um recado para o corpo morto de Dom Sebastian. “Nojento!”.

Entra no bar fedorento e prepara um café quente. Zizinha, Zali e Zezão entram no bar ajeitando os cabelos e tirando a poeira da roupa e dos decotes.

- 205 mortos.
- 204 coiotes e um pilantra, corrige Zali.
- Cigarro?
- Taí.
- Justiceiro, Zizzo?
- Prenderam uns soldados. Tão com eles no outro bar.
- Chama eles.
- Agora não, to com preguiça.
- Beleza, então.
- O povo já foi avisado que deu tudo certo?
- O povo sabia que tudo daria certo desde antes porque com as Pistoleras o tiro nunca sai pela culatra.

viernes, 3 de abril de 2009

A Última Chuva de Purpurina

Intervalos de consciência e inconsciência passavam por mim, em meio aquela cena da Tragédia de El Pueblo, que mais parecia a luta entre a noiva e os 88 loucos, de Kill Bill.
Lembrei-me da primeira chuva de purpurina que vi no deserto... Estávamos sobre a cúpula da Igreja, El Pueblo já estava adormecido e a turma dos gatos pingados estava reunida. Vagalumes desenhavam números no Sky negro. Cada gota que caia era como um Diamond reluzente. E Zucy estava lá.
Outra vez, quando na Zarena, o teto se abriu sobre nós! Quando a chuva começou, Zarolina tocava e Zary-ann segurava minha mão para que eu não tivesse medo. A leveza que essa chuva trouxe para nossas almas fazia com que todos estapassem em seus rostos um sorriso mais puro que o de uma criança!
Mais uma vez, no Zarnaillon, e as partículas desenhavam barcos no horizonte! Estávamos no mar!!!
Da última vez, não podia ser mais perfeito! Foi no Zurras e lá estavam todos: Zoker, Ziodazais, Zequipecarro, Zack e Zahia. Lembramos de antigas companheiras perdidas em batalhas passadas: Zlá, Zerols e Zreacones. Uma a uma se foram...
Seria aquela a última vez que veria os anjos chorarem purpurina?
O sangue em minha boca salgava minha lingua...

jueves, 2 de abril de 2009

De Zarcas para El Justicero.....

Uma mulher deitada no chão sem quase uma gota de sangue em seu corpo....tendo a única imagem presente.... suas companheiras de deserto.... isso mesmo...no ultimo suspiro, ultima lembraca, ultimo sorriso possível em sua face...eram elas que estavam ali... Sim muitos amores existiram, muitas esperanças, muitas expectativas.....Porém não inocentes...mas sim convictas que se não fosse assim...que não fosse! Essa Pistolera nasceu sabendo que era diferente....Muitas antes delas apareceram, mas não sei porque nessa década elas resolveram desaparecer. Necessidade de se encaixar? I don't think so!!!!! Quem sou eu p julgar.? El Justicero... teu texto ainda não li. O que eu sei eh que vc pertence a outra época... não essa....Teu texto,o final não li, agora não importa. No momento testo meus sentimentos, porque nesse momento não me conheço por inteiro....never did and I think I will never do... A essa galera maravilhosa que me fez sobreviver a essa selva de pedra de maneira suave.....Zari, Zotta, Zruno, Zovo, Zezao, Zetta, Ze, Zoberta, Zoca, Zitor, mas repito a hundred times Zari Zari Zari.... Se nao fosse tu nega.... I Love you so fucking much!!!!!!!!! Eu não sou a Zizia....Eu sou uma menina que olha para vcs e espera que vcs nuuuuunca se esqueçam do que vcs tem agora!!!!!! Doidos amor vai e vem.... nada igual a amizade que vcs compartilham. Pelo amor de Deus não deixem isso ir embora. Agora vcs podem achar que não vai.... mas all of a sudden it is gone!!!! Love you all so fucking much!!!!
Zizia
El Justicero se esse for meu fim que essas sejam minhas ultimas palavras....

miércoles, 1 de abril de 2009

Enquanto a morte nao vem...

... demora a chegar!
e cada segundo parece uma eternidade!
a cada minuto, milhoes de lembrancas vagam em minha mente.
bilhoes de desejos reprimidos.
trilhoes de desejos conquistados.
uma ideia se fortalece cada vez mais e tenta recuperar seu espaco perdido!
uma pa...
uma terra fofa, ha pouco mexida...
um odor fetido...
um anseio por uma ultima oportunidade:
a chance de um ultimo tiro certeiro que me tiraria dessa vida de pistolera!!!
em meio ao sangue derramado, pensamentos contraditorios invadem a cabeca das 4 pistoleras estiradas, abandonadas...
o anseio pela salvacao versus o abandono de uma vida ainda por viver!
o asco pela putrefacao junto as suas vitimas versus a prisao insossa junto aos nunca pistolados!
seria o fim ou seria o comeco?
seria a dor ou seria a felicidade?
seria o crime ou seria o perdao?
seria o amor ou seria a vinganca?
engasguei com o sangue em minha garganta, recobrando lentamente a consciencia....

"Canto para minha morte"

Vou te encontrar vestida de cetim pois em qualquer lugar esperas soh por mim
e no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e nao desejo mas tenho que encontrar
vem, mas demore a chegar, eu te detesto e amo morte morte morte que talvez
seja o segredo dessa vida
morte morte morte que talvez SEJA O SEGREDO DESSA VIDA!!!!

Enquanto a morte se aproxima III

Deitada sobre a areia, sangrando as únicas gotas de sangue que tinham ainda no meu corpo e mentalizando para as moscas sairem de minhas feridas, minha mente apagou. Voltou ao passado. De minha vida fez-se um filme. Lembrei do meu primeiro pássaro morto e papai batendo palmas para mim. Depois a primeira vaca morta e mais uma vez, papai batendo palmas para mim. O primeiro enterro de minha vítima e meu pai, outra vez, batendo palmas para mim. Ouvi novamente suas palavras, seus conselhos, suas ordens. Vi faisca ainda bebe. Minha mamis apareceu me dando o primeiro girassol. Relembrei de minhas viagens por diversos continentes e revi a minha volta ao pueblo. O reencontro das companeras, a minha saida da igreja após enterrar o que devia ser enterrado. Senti o cheiro de minha liberdade de volta e minha felicidade batendo na porta. Papi ficaria orgulhoso de ver essa batalha única, vitoriosa, porém chegamos ao fim. Onde estaria faisca? Nem Trio Los Panchos tocaria sequer uma musica para meu fim? A mente volta e meus olhos alcancam a esperança...

Enquanto a morte se aproxima II.

Enfraquecida pela falta de sangue em seu corpo realmente acreditava que haveria de ventar....Entre lembranças que se misturavam naquele momento com visões a imagem daquele inesquecível dia vinha a tona. Naquela selva ao mesmo tempo instigante e perigosa aquela ninha inocente de galochas amarillas, gafas rojas e chapeu de cawboy dava o seu primeiro tiro de pistola.... Instruída pelo seu mentor, pelo homem que a criou, dono de uma forca inigualável e com uma determinação para vencer que deixava qualquer um com inveja....seu pai!!!! Mas a luz do dia pouco pouco diminuía e as lembranças mais uma vez se afastavam.....

Enquanto a morte se aproxima...

pensando em suspiros cada vez mais intervalados....
"meu fim esta proximo! a pistolera de outrora ex-pistolera e de outrora recem-pistolera no apice de sua jornada sanguinaria entre o omem ganancioso e ossanto graal, onde gastava omel deprezando, eh pistolera de agora, envolta num molho pre-pronto de espaghetti com atum e um toque especial de queijo ralado..."

A Tragédia del Pueblo Parte IV


Uma luta assim tinha mesmo que ficar para história. Com um ar de maneirismo – uma mania de Michelangelo – o deserto guardava surpresas para las pistoleras. E nada mais perfeito do que uma emboscada começar no bar de La Princesa de la Margarita. E não tinha como desconfiar. Reparem leitor, Dom Sebatian tinha pensando em tudo. O pueblo já vazio, sem nenhuma alma viva, contava apenas com seus 200 homens disfarçados de garçons, comerciantes, bancários, mulheres e forasteros. As pistoleras nem desconfiaram quando chegaram no pueblo, andavam pela rua principal como se fosse um dia normal. Até entraram no bar e fizeram o ritual de sempre. Zizinha e Zarcas desafiaram uma dupla de forasteros na mesa de bilhar, Zali e Zezão encostaram-se na barra e viraram 7 doses de tequila. Não percebiam nenhuma das quatro, que o bar já estava mais cheio e que eles se aproximavam rapidamente. Quando elas perceberam alguma reação estranha, as quatro já estavam rendidas com armas nas cabeças. Uma a uma ia sendo revistada pelos piratas ordinários que recolhiam todas as pistolas, armas e até as facas. Em segundos, as mulheres lendárias do deserto estavam desarmadas ao redor de 70 homens fortes e suados, dispostos a acabarem com suas vidas e com o tal do blog. Até que Zizinha os convencem que seria mais justo e digno, uma luta sem armas, apenas no mano a mano. Mesmo que tivesse 70 homens para 4 mulheres, mesmo que seria tão rápido quanto, esse era o último desejo de uma aprendiz pistolera prestes a morrer em sua terra vivida. Os marujos caíram na risada e aderiram a ideia, viraram doses inúmeras de whisky e dançaram uma dança típica de pirata.

O molho pré pronto de tomate estava quase derramado no espaguete, só que dessa vez, o molho tinha um sabor suave de atum. E não se esqueçam do queijo ralado. Mas macarrão com molho de peixe não combina com queijo ralado, certo? Errado! Gosto não se discute. E para você leitor, que não está entendendo quase nada, eu explico. Entre Piratas do Caribe e Kill Bill existe Matrix. E as pistoleras sabiam muito bem disso.

Os 70 piratas deixaram todas as armas no chão da entrada do bar. Juan Pietro foi o primeiro pirata morto pelas pistoleras. Ele se levantou, bateu no peito - queria ser o primeiro a tentar matar uma pistolera - e mordeu a orelha de Zali. Num ato tão grosseiro, as três se levantaram e começaram a jogar mesas, cadeiras, bancos, garrafas em cima de todos os homens que estavam no bar. A confusão se instala, a porradaria predomina e o show começava. As pistoleras voavam, paralisavam no ar e terminavam com um golpe de Zráááá. Os marujos se surpreendiam que a cada golpe, um homem morto. José Marcondes saiu do bar atrás dos 130 homens e se deu conta que as armas deixadas por eles na porta do bar, tinham sumido. José conseguiu levar mais 70 homens para o bar. Chegaram atirando, mas as pistoleras também tinham armas, e muitas. Zezão tinha recolhidos todas as armas dos marujos. Tiroteio em série. O molho pré pronto de tomate estava derramado. Ainda faltavam 60 homens.

Após quatro horas seguidas de luta, as quatro param e se olham. Estavam suadas, cansadas, exaustas e o bar, além de destruído, com 140 corpos espalhados. Elas recolhem as melhores armas, saem do bar e assobiam para seus cavalos. Mas os cavalos não vêm. Mais um assobio e ao invés de cavalos, uma chuva de granadas. Las pistoleras voam longe, caem, sangram e mais um tiroteio contra os 60 últimos homens daquele pueblo. A poeira sobe, Trio Los Panchos não tocam e muito menos aparecem, cabelos arrancados, sangue espalhado, todos mortos, corpos no chão da esquerda para a direita: Zali, Zizinha, Zezão e Zarcas. As quatro não respiram. Permanecem ali, fáceis para qualquer inimigo acabar num segundo com a vida das lendárias pistoleras. A última esperança da boca de Zarcas para suas compañeras:

“Abram os olhos, reconheçam, há de ventar”...